Curitiba, assim você me deixa GORDA!

No início desse mês eu fui visitar minha irmã, que se mudou para Curitiba em Fevereiro. Passei quatro dias na cidade, cheguei em uma quinta à noite e fui embora na manhã da segunda-feira. No fim de semana, fizemos nossos passeios juntas, mas nos outros dias, quando ela estava trabalhando, eu tive que descobrir a cidade sozinha mesmo, o que também foi bem divertido.

No primeiro dia, comecei bem cedo no Jardim Botânico, que foi o que mais gostei na cidade. Como Jô (minha irmã) mora bem em frente ao Jardim, botei uma roupa de correr e fui a pé mesmo. Lá é muito bom pra corridas. Você pode ir pelo meio, percorrendo todo o Botânico, que é bem grandinho, e pode ir também por uma trilha que o contorna. O bom é que tem muitas subidas e descidas, aí não fica monótono. Lá tem banheiros e bebedouro com água geladinha, pra refrescar 🙂

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Como não amar?

Mas não se deixem enganar pelo primeiro programa fitness na cidade, porque depois daí foi sóoo comer, comer e comer! Depois de tomar banho, foi que dei início aos passeios turísticos, de fato. Tracei mais ou menos um roteiro, e comecei pelo Mercado Municipal, que fica bem em frente à rodoviária e tem vários restaurantes legais, barracas para comprar lanches e uma seção inteira só para comidinhas orgânicas. Comi uma panqueca MUITO BOA no Bonna Panquecas, que me recomendaram (passo a recomendação adiante pra vocês). Lá também tem um pastel muito bom, que me disseram, mas não deu pra provar, pois eu já estava cheia de panqueca e quis evitar explodir. Depois fui comprar aquelas frutinhas desidratadas, que custam os olhos da cara, e também o melhor doce de leite da vida, que fica em uma barraquinha de comida mineira (Lar de Minas, ou algo assim). Fica bem escondidinha, mas vale a pena procurar.

Mercado Municipal de Curitiba

Mercado Municipal de Curitiba

Barriga cheia, parti para o Shopping Estação. O shopping funciona em uma antiga estação de trem, é bem agradável e tem um museu ferroviário, com um trem de verdade e tudo. Achei bem legal, e recomendo principalmente pra passear com crianças. É pequeno, mas vale a visita.

De lá, fui andando até o centro, em busca dos famosos sebos de Curitiba (andei muito, mas achei melhor do que pegar um ônibus e me perder, o que sempre acontece comigo). A cidade é cheia de sebos, um maior que o outro, e os preços são realmente muito bons. Pra quem gosta de livros, é um paraíso. De lá, fui à Rua 24 horas, que é um ponto famoso, que parece uma galeria, com algumas lanchonetes, chocolaterias, sorveterias, e também umas lojas de antiquário com um monte de coisas lindinhas, mas tudo bem caro.

Saindo da Rua 24h, fui passeando pela Rua das Flores, que (acho) é também a “Rua Quinze”. Essa parte é bem charmosinha e boa pra fazer compras. Achei umas lojinhas de bijouterias bem legais e também amei as lojas de quê? DE QUÊ? De chocolate, claro hahaha.

Á noite fomos passear no Batel, que é a parte chique da cidade, cheia de bares e restaurantes. Fomos comer em uma hamburgueria chamada JPL, onde comi o melhor hamburguer da minha vida, com o melhor chedar, o melhor molho, e o melhor suco de morango com limão e manjericão (?, mas deu super certo!). Adianto logo que comi muito hamburguer em Curitiba, e amei porque lá não é tão caro como em Salvador. Aqui, um hamburguer decente custa uma fortuna, enquanto que em Curitiba com 19 reais você come um cheeseburguer gourmet do bom.

Comidas à parte, na manhã de sábado fiz o programa que TODO MUNDO de Curitiba sugere aos turistas: Pegar o ônibus da linha de turismo. Paguei 35 reais pelo serviço, que dá 5 tickets para subir ao ônibus 5 vezes, nos pontos que desejar, dentro da rota programada. Ele passa pelos principais pontos da cidade, é rápido, confortável e tem áudio-guia. Só tem que ficar ligado no horário de encerramento, porque ele para de rodar logo depois que anoitece.

O primeiro lugar que visitamos foi o Bosque Alemão, que é liiindo, e tem uma trilha de João e Maria, com pedacinhos da história pelo caminho (um pouco diferente da que eu conhecia, mas tudo bem) e tem até a casa da bruxa, onde eles contam a história para as crianças pequenas e grandes (tipo moças de 23 anos). Só não vai dar uma de João sem braço e botar as crianças pra fazer a trilha de trás pra frente, como eu vi muita gente fazendo sem perceber, pelo amor de Deus.

Trilha João e Maria, Bosque Alemão.

Trilha João e Maria, Bosque Alemão.

OIGENTE, bem vindos à minha casa.

OIGENTE, bem vindos à minha casa.

Depois fomos na Universidade Livre do Meio Ambiente. Outro lugar maravilhoso. Não entendemos muito bem qual a finalidade do lugar, mas é tipo um prédio todo em madeira, com algumas “salas de aula”. Tem uma montanha linda atrás, um lago e até um cisne negro.

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Universidade Livre

Depois fomos à Ópera de Arame, outro cartão postal de Curitiba. É um espaço para apresentações, tipo um teatro, toda metálica, montada sobre um lago e cercada por montanhas. A estrutura é toda harmoniosa, por isso chama muita atenção. Fomos à tarde, mas vi fotos do local à noite, e parece ainda mais bonito.

Ópera de Arame

Ópera de Arame

Outro ponto que visitamos (novamente, um parque), foi o Tanguá. Esse parque foi amor á primeira vista. Dá vontade de morar em Curitiba, só pra ter um parque desses. Tinha até uma galeeera fazendo um churrascão lá no meio do parque, muita gente fazendo book fotográfico, gravando coisa, etc, de tão lindo que é. Ficamos lá um tempinho, tomando caldo de cana com limão (vende mais disso do que água por lá), passamos pelo túnel, e depois subimos tudo de novo pra pegar o ônibus (parte sofrida).

Parque Tanguá, parte de baixo.

Parque Tanguá, parte de baixo.

Parque Tanguá, parte de cima.

Parque Tanguá, parte de cima.

Sabe o book fotográfico? Era eu que tava fazendo! Mentira. Só um pouco.

Sabe o book fotográfico? Era eu que tava fazendo! Mentira. Só um pouco.

Encerramos o nosso dia na Torre Panorâmica da Oi. Mentira, encerramos o dia comendo mais hamburguer. Mas antes, fomos lá na torre ver o pôr do sol. Dá pra ter uma visão 360 graus da cidade e no entardecer é ainda mais bonito. Primeiro, pegamos uma fila enorme e super demorada (parece que é sempre assim, então se prepare), mas valeu o sacrifício. Ficamos lá até o anoitecer, e vimos as luzes da cidade irem se acendendo aos poucos. Quando saímos de lá, o ônibus já tinha passado do horário de circular, então tivemos que descer no fim de linha, na Praça Tiradentes. O centro fica bem deserto a noite, e não tem um clima muito legal pra sair andando sozinha.

Na torre panorâmica.

Na torre panorâmica.

Nessa hora, preciso desmistificar um pouco do conceito que a gente tem da cidade. Curitiba tem muuuitos mendigos e gente desabrigada. Muitos mesmo, como toda cidade grande. Principalmente na região do centro, não achei a cidade segura, e minha irmã e os amigos que moram lá me fizeram vários relatos de acontecimentos que me fizeram ficar de olhos bem abertos (sempre fico, mas é bom saber das coisas). Isso ofusca um pouco a beleza da cidade, mas é só porque muita gente tem a ilusão de que lá é tudo perfeitinho, nível Europa e tal, mas já poupo logo a decepção, avisando que não é bem assim.

Continuando, no domingo pela manhã, fomos à Feira do Largo da Ordem, outro programa altamente engordativo e prazeroso. Comprei vários trequinhos fofos, tipo broches e ímas, e também umas balas de coco com recheio de beijinho que derretem na boca, maravilhosas. Como toda feira, tem o clássico pastel com caldo de cana, no qual caí pra dentro, obviamente. Novamente, muitos sebos, muitas lojinhas de bijouteria, bolsas, decoração, e tudo o que você imaginar. Tem uma mesquita bem linda próxima a feira, onde parei pra tirar foto, mas não entrei porque tava na agonia de ir comer pastel.

Mesquita

Mesquita (olha a qualidade e simetria das fotos que minha irmã tira..)

Encerramos nosso domingo no Museu Oscar Niemeyer, ou MON, ou “Museu do Olho”. Onde fomos ver, entre outras, uma exposição com fotos sensuradas do dia a dia na época do Socialismo. A exposição é realmente muito boa e vale a visita. O museu inteiro é sensacional, e deve fazer parte do roteiro de quem curte uma programação um pouco mais cult. O ticket custa 9 reais (inteira).

Meus passeios pela cidade foram esses. Amei tudo, principalmente os parques e as comidinhas, haha. Meu transporte foi todo feito via busu e pernas. Não é difícil se virar em Curitiba de ônibus e o sistema de integração deles é muito bom. Fora a linha de turismo que facilita a vida significativamente. Para chegar e sair do aeroporto, peguei a van executiva no shopping estação, que passa com uma frequência boa e chega ao aeroporto rapidinho. Paguei 12 reais pelo serviço. Ela passa por vários outros pontos da cidade também. Procure aqui no site qual a opção mais cômoda pra você e seja feliz 🙂

Beijinhos na torre panorâmica.

Beijinhos na torre panorâmica.

Obs: Durante a viagem, fiz alguns relatos sobre Curitiba no meu outro blog aqui e aqui.

Beijos!

Lenita