Quanto Custa Viajar?

Recentemente, comecei a escrever meus relatos da última viagem que fiz ao Rio de Janeiro e Curitiba. Como todas as viagens da minha vida, essa foi bem econômica. Já saí de Salvador com uma estimativa de gastos diários em cada uma das cidades. Fiz todos os passeios que queria, me hospedei em um lugar legal, comi bem, saí à noite, fui à festas e fiz trilhas. Não deixei de fazer nada por falta de grana, mas tive que usar a criatividade, fazer alguns sacrifícios e me arriscar um pouco.Tudo teria que caber no meu orçamento apertado de estagiária. E coube.

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Tenho o hábito de anotar tudo o que gasto durante as viagens. Tudo mesmo, ainda que seja um valor ínfimo, passo tudo no lápis. Isso me ajuda a manter o controle, e também serve de auxílio na hora de escrever aqui no blog, já que eu não consigo gravar os preços de todos os passeios, entradas de museus, ingressos, etc. Mas como saber quanto vou gastar, quando estou indo conhecer algum lugar pela primeira vez e não tenho noção de custos?

Para planejar meu orçamento, usei a calculadora de gastos em viagens, do Quanto Custa Viajar?

Calculadora do Quanto Custa Viajar?

Calculadora do Quanto Custa Viajar?

Esse é um dos meus sites favoritos para planejamento de viagens. A calculadora tem os valores atualizados de custos de transporte, acomodação, alimentação, passeios, etc, para cidades do mundo todo. Os preços são bem confiáveis. Dei uma olhada depois que voltei, e os valores realmente foram bem próximos dos meus. Recomendo totalmente.

Para aqueles que são do tipo que querem viajar, não importa pra onde, contanto que caiba no orçamento, vale dar uma passeada pelo site, que é bem amigável e tem tudo detalhado, para cada estilo de viajante, desde os que podem esbanjar, até o nível mochileiro. Se quiser decidir o destino pelo valor da passagem aérea, é bom dar uma olhada no localizador de passagens também. Você coloca sua cidade de destino, seleciona o país, e ele te dá várias opções, em ordem crescente de preço. Legal, né?

Localizador de Passagens Aéreas

Localizador de Passagens Aéreas

Quer saber mais sobre como planejei minhas viagens pela Europa? Dá uma olhada:

Como encontrar passagens baratas;

Como reservar acomodação;

Quantos dias a viagem deve durar?

Como se hospedar em apartamentos pelo mundo.

Sonha em conhecer a Grécia? Veja dicas de como montar sua viagem.

Um dia em Londres com 15 Libras no bolso.

Planejando viagens efetivamente – Parte 3: Quantos dias a viagem deve durar?

Quantos dias em Roma? Quantos dias em Amsterdam? Quantos dias para uma viagem inteira? Bem, depende.

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Algumas coisas devem ser levadas em consideração na hora de se planejar a quantidade de dias em determinadas cidades e a duração da viagem como um todo. Os fatores que considero mais importantes são: Tempo disponível, dinheiro e disposição.

Uma coisa é certa: Não dá pra conhecer o mundo todo em um mochilão só, então vamos com calma. Não adianta fazer viagem corrida, passando apressado pelos lugares, batendo fotos sem nem conhecer nada direito, só para poder “cobrir” um número maior de cidades, e no final perceber que a viagem foi mais cansativa do que prazerosa.

Também não precisa planejar viagem de velho, com 5 ou 6 dias em cada cidade, tempo para sonequinha da tarde em todos os dias, 3 horas de almoço e dois dias somente para fazer compras. Pra quê passar uma semana inteira em Londres, por exemplo? Há muito o que conhecer, eu sei, mas porque não intensificar o ritmo dos passeios para fazer tudo em 4 dias e aproveitar para passar 2 dias em Edinburgo e ainda fazer um bate-volta em Inverness? Principalmente quando a gente sai lá do Brasil, pega 10h de vôo e paga caro na passagem, chegando ao destino tem mais é que fazer valer o money investido, não é mesmo?

Então, vamos às dicas de como prever a duração das viagens.

~.Tempo Disponível

Se você tem um tempo limitado para fazer a sua viagem, é necessário fazer a divisão dos dias entre as cidades que se quer visitar. Para cidades grandes, com muitas atrações, museus e lugares para conhecer em um ritmo bom, sem desespero nem moleza, 3 a 4 dias são suficientes. Para cidades menores, em 2 dias dá pra conhecer tudo, e para aquelas cidades que a gente vai só para ver uma coisa (ex: Castelo de Windsor, em Windsor), um bate-volta já resolve. Lembrando que a gente sempre deve desconsiderar o dia da chegada e o dia da partida, pois muito tempo é gasto com arrumação da mochila, localização, transfers, check ins, registro no hostel/apartamento/hotel, etc. É bom fazer ao menos um planejamento grosseiro do que se quer fazer em cada cidade, assim, de acordo com a quantidade de atividades fica mais fácil de determinar a permanência em cada uma delas (também sempre dou uma conferida no tripadvisor, pra pegar os conselhos dos mochileiros espertos ;)).

~.Dinheiro

Quanto mais tempo passamos viajando, maiores são os custos. Cada dia a mais, é mais um gasto com acomodação, lanches, almoço, transporte… Tudo isso deve ser levado em conta. Na minha última viagem, documentei todos os gastos diários – tirando a acomodação, que já estava paga- e fiz uma média, para facilitar meu planejamento de despesas para as próximas viagens. Apertando bastante o orçamento, mas sem precisar almoçar fast food, gastei uma média de 23,5 euros por dia com alimentação, transporte, museus e lembrancinhas para mim mesma (importante informar que passei por cidades caras, como Amsterdã e Bruxelas). Considerando o gasto com acomodação em torno de 20 euros, a cada dia a mais que eu decidisse colocar na minha viagem, seriam 43,5 euros a menos para os próximos mochilões. Para economizar e conseguir passar mais dias com menos dinheiro, vale a pena comprar comidas nos mercados e pegar dicas na internet de lugares baratos para se comer, longe dos centros turísticos, onde os locais costumam frequentar.

~. Disposição

Vou começar ilustrando com um exemplo: A primeira vez que tive um break (tipo um recesso) aqui no UK, fiquei doida pra viajar. Queria conhecer tudo de uma vez só e não tinha experiência alguma em mochilões. O break era de 21 dias, então planejei a viagem com exatos 21 dias de duração. Resultado: No meio da viagem eu estava exausta, falida, doente e não aguentava mais cama de hostel, com o agravante que estávamos no meio do inverno, e tudo o que eu queria era voltar para o quentinho da minha casa. Nunca mais fiz mochilão com duração acima de 15 dias, pois já sei que esse é o meu limite e quando passa disso a viagem para mim se torna mais uma obrigação do que diversão.

Claro que o nível de conforto da viagem também interfere muito nesse quesito. Quando é possível ficar em apartamento ou hotel, ao invés de hostel, onde tenho uma estrutura melhor, mais confortável, com máquina para lavar minhas roupas e banheiro privativo, a coisa já melhora e dá vontade de ficar viajando por muito mais tempo. Quando se tem condições de comer bem e descansar direito, o corpo também já não fica tão cansado, o que já ajuda.

Então, meu conselho final é que você planeje suas viagens com calma, dentro de um período de tempo bom, e que dê pra conhecer bem o máximo de lugares possível. Pesquise sempre em blogs e fórums quantos dias as pessoas que estiveram lá recomendam e vá adaptando tudo ao seu modo de viajar. O importante é tudo seja curtido ao máximo durante a viagem que é pra valer a pena mesmo.

Planejando viagens efetivamente – Parte 2: Reservando o hostel.

Planejando viagens efetivamente – Parte 1: Como encontrar passagens baratas.

Grécia: Como planejar a viagem dos sonhos.

Depois que fiz minha (primeira) viagem para a Grécia, muita gente veio me procurar, pedindo dicas e informações de como se virar no local, o que visitar, como chegar, quais os custos, etc. Com isso em mente, achei que seria legal dar uns toques aqui no blog, já que pesquisei bastante antes de montar a minha viagem dos sonhos, e encontrei algumas informações úteis e também tenho minhas próprias dicas que quero compartilhar com vocês.

Pôr-do-Sol em Oia.

Pôr-do-Sol em Oia, Santorini.

Quando ir à Grécia

Recomenda-se visitar a Grécia no período de fim de maio a junho, ou lá pra setembro/outubro, pois o clima é mais ameno, e as ilhas não estão tão cheias de turistas. Eu fui no início de julho e passei 15 dias. Não achei que estivesse tãao cheio assim mas, sim, estava bem quente. Não vou mentir que não gostei, pois estava com saudade de curtir um calorzinho na beira do mar e eu sou de Salvador, né, então, pode botar 40 graus aí que eu aguento…

Como chegar

Pode-se chegar à Grécia por Atenas, em vôos de companhias grandes, ou por algumas das ilhas, em vôos de companhias low cost. Como nas viagens para a Grécia geralmente se visita Atenas e mais algumas das ilhas, eu recomendaria chegar por uma ilha (ou por Atenas), e ir embora por outra, pra evitar ter que voltar para a mesma ilha (ou para Atenas) somente para ir embora. O preço das passagens vai subindo de acordo com a temperatura. Quanto mais “pro meio” do verão, mais caras elas ficam. Ex: comprei a passagem de ida (UK-Grécia) por £53, mas se deixasse pra ir uma semana mais tarde, não encontrava nada abaixo de £170!

Como se movimentar entre as ilhas

Para ir de uma ilha à outra, a melhor opção é pegar o ferry. Existem dois tipos de ferry: um que faz o trajeto em x horas e custa y, e o outro que faz o trajeto em x/2 horas e custa 2y. Como as principais ilhas não ficam tão próximas umas das outras e a viagem, além de ser longa, é uma viagem balançando e sacolejando em cima do mar, eu recomendo fazer um sacrifício e pegar o ferry mais rápido. A passagem custa, em média, uns 50 euros. Os tickets podem ser comprados online e recolhidos no porto, antes do embarque. Alguns sites cobram taxa para fazer a reserva. Comprei por esse aqui, que não cobrava.

OBS: Os ferries da Blue Star não dão direito a assento reservado, tem que sentar pelas cadeiras que ficam no deck. Se o trajeto for muito longo (ex: mais de 10 horas), há a opção de pegar uma cabine, mas tem que pagar a mais.

Ferry na Grécia.

Ferry na Grécia.

Dentro do Ferry.

Dentro do Ferry (assentos reservados).

Quais ilhas visitar

Existem muitas opções de ilhas gregas que são verdadeiros paraísos, com aquelas construções branquinhas e o mar bem azul, mas, infelizmente, não dá pra conhecer todas elas de uma só vez. As mais famosas são Santorini e Mykonos. A primeira é mais romântica e tem umas praias bem exóticas, enquanto a segunda é a ilha da curtição e tem aquelas praias de água tão limpa que parece de mentira. Além dessas, existem outras também conhecidas, com lindas vilas e praias maravilhosas, e que ficam menos cheias de turistas.

Depois de escolher as ilhas, é bom montar a viagem colocando-as em ordem de acordo com o mapa, para fazer tudo em um sentido só, e evitar passar tempo desnecessário no mar. O trajeto que eu fiz foi Creta-Santorini-Mykonos-Atenas-Rhodes. Só voltei pra Rhodes porque a passagem pro UK saindo de lá estava muito mais barata que a de Atenas, mas não recomendo fazer esse trajeto, pois a viagem é muuuito longa (mais de 16 horas) e SUPER desconfortável – a não ser que você tenha dinheiro para reservar a cabine.

Mapa da Grécia com as ilhas gregas.

Mapa da Grécia com as ilhas gregas.

Como se movimentar dentro das ilhas

Para quem está viajando em grupo – ou mesmo em dupla- pode valer a pena alugar um carro ou ATV (aquelas motinhas invocadas de praia), para poder conhecer mais coisas em menos tempo. Nos centros das ilhas existem várias empresas que alugam carros, e muitas nem pedem a carteira internacional. Os preços variam muito de ilha para ilha.

Apesar da facilidade de alugar carro, andar de ônibus pode sair muito mais barato. O transporte público nas ilhas é até eficiente, e eles intensificam muito nas épocas de abril a outubro, para atender aos turistas. As passagens geralmente custam entre 1,60 a 2,5 euros e também variam bastante de ilha para ilha. Para economizar, o bom é escolher acomodações próximas às estações centrais de ônibus, pois, por serem ilhas, geralmente só há um local onde passam mais de uma opções de destinos. Caso contrário, pode ser necessário sempre pegar mais de um ônibus para chegar ao local desejado.

Quantos dias passar em cada local

Em cada uma das ilhas, pra dar pra aproveitar bastante e com calma, o bom é passar uns 3 dias completos. Já para Atenas, em 2 dias já dá pra conhecer os principais pontos, que ficam todos a uma distância caminhável uns dos outros.

Como economizar nas ilhas

Gente, almoçar uma comidinha gostosa em um restaurante à beira-mar, ouvindo o som da lira não é caro. Pasmem, mas achei os preços iguais aos de um restaurante comum simples nas outras cidades que visitei. Os pratos típicos gregos custam entre 6,5 e 9 euros e são bem deliciosos, vale a pena provar cada um deles. É prática na Grécia colocar o cardápio com os preços grudado do lado de fora do restaurante, assim, você já escolhe mesmo pelo preço e não tem surpresas depois.

Os mercadinhos das ilhas geralmente são bem caros, então é bom procurar onde fica o mercado grande mais próximo e dar um pulinho para comprar bastante água (tap water na Grécia não é bebível) e merendas para passar o dia na praia #farofeira.

O que levar para as ilhas

É bom levar o protetor solar, pois nas ilhas eles custam os olhos da cara. Não leve mais do que uma calça jeans, porque você não vai aguentar usar de tanto calor. Leve ao menos um casaco, pois as vezes venta muito à noite e faz um friozinho. NÃO ESQUECE A CÂMERA, POR FAVOR! E também não vai me esquecer de levar o bikini – a menos que você esteja indo para Mykonos pq aí nem precisa usar nada…

No mais, aproveite bastante a viagem, e confira os relatos detalhados dos lugares que fui:

Atenas, a cidade das oliveiras.

Creta, a primeira ilha grega.

Santorini, a ilha do vulcão e das praias exóticas.

Mykonos, a ilha da liberdade.

Beijos!

Lenita

Um dia em Londres com 15 conto no bolso.

Pela milésima vez, lá fui eu para mais uma day trip to London, gastar os few pounds que me restaram, depois de quase ter ido à falência na Grécia. Como só estarei recuperada financeiramente lá pra outubro, estou tendo que viver com um orçamento bem apertadinho e contar cada penny. Até os Nectar points – programa de fidelidade do supermercado- estão dentro do meu orçamento (já acumulei o equilvalente a £5,13, uhuuu!).

Enfim, o caso é que na semana passada eu e Rafael recebemos visitas do Brasil, e aí fomos passar o dia em Londres para mostrar a cidade a eles. Como Coventry fica a apenas 1h de trem, fomos e voltamos no mesmo dia, assim não teríamos que gastar com acomodação. Para não fugir do meu planejamento financeiro, me determinei a gastar o mínimo possível, mas sem precisar passar fome ou almoçar biscoito. Me permiti, então, gastar 15 pounds e só. O dinheiro deu e deu confortavelmente, por isso decidi fazer uma narração de como foi aqui no blog. Vamos a ela:

SALDO INICIAL: £15,00

Começamos o dia na estação de Euston, onde eu não resisti quando vi a loja da Millie’s cookies, e já fui fazendo uma boquinha, pra enganar o estômago até a hora do almoço, comendo um cookie bem gostoso que me custou 99p.

Cookie eu gosto.

Cookie eu gosto.

Na estação de metrô, compramos o off peak Day Travel Card, que é mais barato que o anytime Day Travel Card. A diferença entre os dois é que com o primeiro, você só pode usar o serviço a partir das 9:30h, por isso ele é mais barato. Ambos permitem a utilização de todos os tipos de transporte público por um dia, até as 4:30 da manhã do dia seguinte. O ticket para usar o transporte foi o maior gasto do dia: £7,30.

Pegamos o metrô para Bayswater e fomos passear no Kensington Garden, já que o tempo estava muito bom, fazendo sol e até um calorzinho de leve. Da última/primeira vez que estivemos lá para um picnic, era inverno ainda então estava muuuito gelado e, já que não dava certo comer de luvas, tivemos que engolir tudo bem rápido,  com uma mão de luva e a outra sem e aí eu entendi porque é que nego não inventa de fazer picnic no inverno :(. Passeamos pelo parque, tiramos fotos do laguinho, tiramos fotos dos cisnes, do Palácio de Kensington e das pessoas dormindo. Quando deu a hora do almoço, enchemos a garrafinha de água no bebedouro e fomos embora.

Cisnes.

Cisnes.

Rainha Vic.

Rainha Vic.

Esquilo.

Esquilo.

Pessoas dormindo.

Pessoas dormindo.

Fomos almoçar em Camden Town, o bairro alternativo de Londres, um dos meus lugares preferidos na cidade. Confesso que eu, que não sou alternativa nem nada, gosto de ir lá mais pela comida. Em Camden dá pra encontrar comida para todos os gostos e comida de tudo que é canto – ok, principalmente comida oriental de tudo que é canto do oriente – e até mesmo (pausa dramática) BRIGADEIRO e BEIJINHO!

Almoçamos por £4,00 em uma das barraquinhas de comida oriental e depois fomos apreciar as esquisitices do local. Camden também é ótima para comprar coisas aleatórias e lembrancinhas para os parentes. Blusas engraçadas, roupas de emo, perucas, sapatos doidos, drogas…Lá se encontra de tudo. Fora as pessoas que frequentam o local, que são uma atração à parte.

Camden Town.

Lojas com decoração 3D em Camden.

Comidaaas.

Comidaaas.

Barracas com umas roupas legais e outras nem tanto.

Barracas com umas roupas legais e outras nem tanto.

Antes de ir embora, não podíamos deixar de passar na barraca do Brazuca e garantir o pão de queijo pra mais tarde (£1,20).

SALDO PARCIAL: £15,00 -0,99 -7,30 -4,00 -1,20 =  £1,51

Ainda com muito dinheiro pra gastar, fomos, finalmente, conhecer a Tower Bridge. Digo finalmente, pois já faz sete meses que eu estou aqui, já fui em Londres várias vezes e nunca me dei ao trabalho de pegar o metrô e descer em Tower Hill para conhecer a tal da ponte.

No caminho, paramos em King’s Cross para TENTAR tirar a foto na plataforma 9 3/4, mas a fila de adolescentes zuadentos estava tão grande que a gente combinou com nossos amigos que voltaríamos mais tarde (mesmo sabendo que quem ia voltar mais tarde era o coelho).

Bitch.

Bitch.

Quando começou a anoitecer, chegamos à Tower Bridge. Amei. Achei lindo. Tirei fotos.

London Bridge.

Tower Bridge.

De lá, pegamos ônibus aleatórios (adoro fazer isso em Londres), até que chegamos a Waterloo -ou Westminster, sempre confundo porque os dois começam com ‘W’- onde tirei minhas fotos “semi-profissionais” da London Eye, Big Ben e do parlamento. Ficamos um pouco por lá até dar a hora de ir pra Victoria, pra pegar o buzu de volta pra Coventry, que sairía às 23h.

London Eye *.*

London Eye *.*

Na estação de Victoria, me dei conta que ainda tinha £1,51 sobrando, mas não queria gastar com besteira. Sendo assim, fui no Sainsbury’s da estação de trem e comprei 2L de leite (£1,29) pra trazer pra casa, porque né.

SALDO FINAL: £15,00 -0,99 (cookie) -7,30 (transporte) -4,00 (almoço) -1,20 (pão de queijo) – 1,29 (2 L de leite)=  £0,22

Moral da história: Me diverti em Londres, conheci a Tower Bridge, comi bem, merendei, garanti o leite da semana e ainda saí por cima, com 22 centavos no bolso pra gastar como quiser.

Obs: MENTIRA, voltei pra casa com bem mais dinheiro, pois o meu ticket do transporte só me custou £5,90, porque eu apresentei o meu RailCard na hora da compra. CsFers, fica a dica.

Beijos!

Lenita

Planejando viagens efetivamente – Parte 2: Reservando o hostel.

Passagens compradas, agora é a hora de planejar a acomodação. Se com as passagens o negócio é escolher a mais barata e pronto, com a acomodação a coisa já muda. É importante, sim, economizar ao máximo na estadia, pois esse pode ser o maior dos gastos da viagem, mas é preciso não abrir mão da segurança, higiene e ter ao menos o mínimo de conforto.

Existem diversos tipos de acomodações, e, entre elas, geralmente o hostel é a opção mais barata. Confesso que quando posso, evito ficar em hostel, porque gosto de não precisar dividir banheiro com desconhecidos (poucos hostels tem opção de banheiro privativo por um preço bom) e também fico preocupada em deixar minha mochila à toa enquanto estou rodando na rua, mas alguns são bem agradáveis e até mais legais do que hotéis, por ser uma coisa mais descontraída e ter mais a galera jovem.

Hostel onde me hospedei em Cardiff.

Hostel em Cardiff.

1. Hostel

O hostel, que também pode ser chamado de albergue, é um tipo de acomodação econômica e sem luxos, onde geralmente ficam hospedados jovens e mochileiros. Diferentemente do hotel, quando se reserva a acomodação no hostel, na verdade está se reservando apenas a cama, e o quarto provavelmente será dividido com outros indivíduos. Geralmente, os hosteis oferecem algumas opções de quartos, variando a quantidade de camas e o gênero permitido (só mulheres, só homens ou misto).

Hostel não é tudo a mesma coisa. Longe disso. Tem hostel que parece hotel, tem hostel que parece um barraco na favela. Muitas vezes, por 2 euros de diferença dá pra conseguir trocar um hostel lixo por um bem melhor, e considerando o fato de que vai ser o lugar onde você vai dormir, tomar banho e guardar as suas coisas, acho que o investimento vale a pena.

Vamos às dicas de como escolher e reservar um bom hostel:

Existem alguns sites pelos quais se pode fazer a reserva gratuitamente, sem taxas. O que sempre uso é o Hostelbookers, que cobra 10% do valor da estadia no momento da reserva, mas depois esse valor é debitado no valor total a ser pago diretamente ao hostel no check in.

Depois de entrar no site, o primeiro passo é, obviamente, selecionar o país e a cidade que serão o seu destino, e a data de entrada e saída do hostel.

Hostelbookers

Hostelbookers

Uma lista de hostels vai aparecer na tela. Para ficar mais fácil de escolher, vai em “sort by” e seleciona “shared room price (low to high)”, e a lista agora vai aparecer na ordem do mais barato para o mais caro. Na lateral esquerda também tem uma série de filtros que você pode utilizar para fazer uma busca mais otimizada, de acordo com suas condições e exigências.

Hostelbookers.

Hostelbookers.

Como sua nova lista de hostels está ordenada do mais barato para o mais caro, agora é a hora de ir clicando um por um e avaliar a página do estabelecimento como um todo. Começando pelo “rating” geral, que é baseado nas revisões do pessoal que já ficou hospedado no local. Se o rating estiver abaixo dos 65%, tome cuidado, pois a economia pode não valer a pena.

A localização também é importantíssima. Eu recomendo olhar o endereço no mapa, para conferir se o lugar é bom ou não. Para as cidades com transporte público eficiente, o importante mesmo é ficar próximo a uma estação de metrô/ônibus/tram (exceto para as cidades muito pequenas, em que às vezes um hostel mais central garante que não seja necessário nenhum gasto com transporte). Outro ponto importante são as “facilities” que o local oferece. Free wifi, por exemplo, pra mim, não dá pra dispensar. Nem chuveiro quente 24h no inverno.

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Hostelbookers.

Mesmo que tudo pareça ótimo pra você, não reserve antes de ler as reviews! É importante considerar a opinião de quem já se hospedou no local, dormiu nas camas, usou os banheiros, etc. Uma das reviews do hostel acima, por exemplo, diz que o hostel “é muito longe da cidade, uma hora de viagem e os dormitórios lembram os de uma prisão.” Pontos importantes a se considerar são a localização, a segurança e a limpeza.

Relatei aqui quando quase me ferrei em um hostel em Paris e fui salva pelas reviews.

Hostelbookers.

Hostelbookers.

Depois de escolher o seu hostel, você vai precisar de um cartão de crédito para completar a reserva, pagando 10% do valor total. Caso desista de se hospedar no local, lembre de cancelar a reserva, ou o valor total será cobrado no seu cartão de crédito, quer você apareça ou não.

OBS: Lembre de levar toalha, para não ter que alugar, e cadeado para trancar sua mochila quando for sair pela cidade. Se for precisar de adaptador de tomada, não deixe para comprar no hostel pois geralmente é mais caro. Por prevenção, leve o dinheiro da estadia em cash, pois alguns hostels cobram taxas para aceitar pagamentos com cartão de crédito.

OBS2: Alguns dos perrengues de ficar em hostel e dicas de como alugar apartamento aqui.

Boa sorte nas escolhas!

Planejando viagens efetivamente – Parte 1: Como encontrar passagens baratas.

Planejando viagens efetivamente – Parte 3: Quantos dias a viagem deve durar?

Planejando viagens efetivamente – Parte 1: Como encontrar passagens baratas.

Olá, pessoal!

Como já disse, estou em um período de “férias” da universidade. Não são férias de verdade, pois estou trabalhando no meu projeto de verão, mas como eu só tenho reuniões a cada quinze dias, de vez em quando dá pra fazer umas viagens aqui pela zoropa (e na volta sair desesperada, pesquisando tudo, escrevendo aos montes pra ter resultados a apresentar, hehe).

Quando a gente planeja fazer uma viagem internacional saindo do Brasil, dá vontade de chorar só de pensar nos gastos. Mas aqui na Europa, ir de um país ao outro é muito fácil, rápido e econômico. E também não é necessário muito tempo, em qualquer fim de semana livre é possível dar um pulinho ali na Bélgica e voltar. Fazendo o balanço do primeiro semestre, já conheci 10 países! Até antes de 2013 eu nunca tinha feito uma viagem internacional na vida, e agora eu já me sinto a expert nas manhas das viagens econômicas.

Então, pra fazer bom uso de todo esse conhecimento extraordinário, resolvi escrever um guia de como montar viagens, de modo que elas sejam baratas, mas não menos agradáveis. Hoje vamos começar pelas passagens.

1. Passagens de avião

O melhor site para pesquisar passagens de avião é o Skyscanner. O site faz buscas entre as companhias aéreas mais baratas, com vôos entre países de toda a Europa e possibilita pesquisas bem flexíveis, o que é muito bom para quem não se importa em adiar/antecipar a viagem em alguns dias ou semanas pra poder dar uma economizada boa. O site não cobra taxas, mas as vezes ele mostra um valor ligeiramente diferente do real (+ ou – 2 pounds) só que aí quando vc clica, ele te direciona para o site da própria empresa, então dá no mesmo.

Uma breve explicação de como usar:

Na barra de busca do site, você vai colocar o lugar de onde você está saindo. Nunca comece a pesquisa colocando logo o aeroporto mais próximo. Bota só o país mesmo que aí a busca vai pegar realmente os vôos mais baratos, e pode ser que valha a pena sair de um aeroporto mais distante, e combinando o valor do transporte+vôo saia bem mais em conta.

Para quem tem uma lista longa de lugares pra conhecer, a dica é colocar “Everywhere” no destino e depois escolher o local pelo mais barato que aparecer na lista.

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Skyscanner

Na hora de escolher as datas, se você tiver flexibilidade, pode escolher as opções “in a week”, “whole month” ou até “whole year”, e depois escolher a data que sair mais barata e conveniente para você.

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Skyscanner

O site vai mostrar uma lista de países e os preços das passagens. Colocando o mouse em cima, ele mostra os detalhes do vôo (de qual cidade sai, pra onde vai e qual a data).

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Skyscanner

Depois de selecionar a cidade, o Skyscanner vai mostrar uns gráficos, com todos os preços das passagens de acordo com as datas, tanto de ida, quanto de volta.

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Skyscanner

Pronto, depois disso é só clicar em “select” e aí o Skyscanner vai direcionar para o site da companhia aérea, onde você vai fazer a compra com o cartão de crédito.

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Skyscanner

*Sobre as companhias aéreas:

Acho importante fazer algumas considerações sobre as companhias aéreas que oferecem os vôos mais baratos da Europa, que é pra ninguém se assustar depois de comprar as passagens. As empresas que conheço são Easyjet, Wizz Air, Vueling, Thomson Flights e, é claro, Ryanair. Todas elas tem políticas bem parecidas, e é necessário cumprir com todas as exigências deles, ou podem implicar pesadas multas.

Bagagem

Não é permitido bagagem de porão, se quiser despachar mala, tem que pagar mais caro. Só é permitida uma bagagem de mão, que tem que estar dentro das dimensões e peso estipulados pela empresa. A Ryanair, por exemplo, permite bagagem com 55x40x20cm e no máximo 10Kg. No vôo para a Grécia, com a Thomson Flights, tive que levar uma mala com míseros 5Kg, para passar 15 dias! Já pela Easyjet (que é a menos pior das empresas econômicas), contanto que a mala esteja nas dimensões estipuladas, pode levar o peso que quiser.

A gaiola da verdade da Ryanair.

A gaiola da verdade da Ryanair.

Algumas empresas realmente medem todas as malas (tem que caber dentro de uma gaiola de metal) e pesam. Se a mala não couber/estiver mais pesada, é necessário despachar a mala e pagar uma pesada multa (Ryanair=£50 ou euros, dependendo da moeda local). Algumas empresas cobram a multa, e ainda combram mais multa em cima de cada Kg ultrapassado. Não vale a pena arriscar, tem que seguir as regras.

Check In

A maioria das empresas solicitam que você faça o check in online e imprima o cartão de embarque. Caso contrário: MULTA.

Algumas empresas não permitem a escolha de assentos no check in, ou seja: Tem que entrar correndo no avião pra pegar lugares combinados.

Aeroportos

Muitos dos vôos dessas empresas saem de aeroportos pequenos e meio distantes da cidade de destino, por isso é importante pesquisar antes qual o meio de transporte que leva do aeroporto ao centro da cidade e quanto custa, para ver se a passagem vai sair mesmo barata ou não.

Comida

Não tem lanche nem água inclusos, tudo tem que pagar (uma garrafinha pequena de água na Rayanair custa 3 euros, 9 reais!). Fora isso, eles ainda ficam vendendo mil coisas dentro do avião, de perfumes a ursinhos, passando com carrinho toda hora e anunciando produtos, parece mais uma feira livre.

2. Passagens de ônibus

Ás vezes, quando os vôos estão muito caros, vale a pena dar uma olhada nas passagens de ônibus também, ainda que seja uma viagem mais demorada. A opção de ônibus mais barata é o Megabus, que roda uma parte da Europa. O Megabus é realmente muito barato. Dá pra comprar passagens Londres-Paris por menos de £20! Mas também, é super desconfortável. Já fui de Megabus pra Cardiff, uma viagem de 4h, e achei realmente muito ruim e apertado, imagina pegar uma viagem de mais de 10h…

Outra opção é a National Express, que também roda pela Europa, tem ônibus mais confortáveis e o preço às vezes é até parecido com o do Megabus.

Quanto às passagens de trem, não tenho muito o que falar pois nunca viajei pra fora do UK. Sempre quando eu pesquisava, achava um absurdo de caro o Eurostar, mas aí um dia desses encontrei uma passagem pra Bruxelas por 66 pounds! Achei o preço ótimo, apesar de preferir pagar bem menos e ir de ônibus por conta de minhas condições financeiras atuais, mas a viagem é bem mais confortável e leva umas 9 horas a menos que de bus.

Bom, por hoje é só, mas o guia continua. Se você tiver mais dicas de como economizar com passagens, por favor, compartilhe conosco nos comentários!

Beijos!

Lenita

Planejando viagens efetivamente – Parte 2: Reservando o hostel.

Planejando viagens efetivamente – Parte 3: Quantos dias a viagem deve durar?

Cheguei no UK. E agora?

Olá, pessoal!

Esse é um guia rápido com algumas dicas pra quem tá chegando por agora no UK. Sei que o momento logo antes da vinda pode ser de muita ansiedade, então coloquei aqui algumas informações que acho que podem passar mais segurança pra vocês. Tudo o que escrevi aqui foi baseado em minhas experiências pessoais de quando cheguei. Se quiserem, podem perguntar nos comentários que eu respondo rapidinho, prometo. Vamos ao que interessa:

1. Imigração

A primeira coisa que você vai ter que fazer logo depois de aterrissar, antes mesmo de pegar suas malas, é passar pela imigração. Quando sair do avião, vá logo se adiantando pra ser um dos primeiros a chegar na fila da imigração, ou você pode esperar por muito tempo antes de ter seu passaporte carimbado. Você vai ter que preencher um formulário com algumas informações suas para entregar ao oficial da imigração (preencher na fila mesmo, antes de ser chamado), algumas companhias aéreas disponibilizam esses formulários no avião mesmo, pra dar pra preencher com calma antes de aterrissar. Essa chatice vai se repetir todas as vezes que você sair do UK e voltar, não importando de onde você está vindo. Os formulários ficam espalhados em uma ou mais prateleiras próximas à fila, onde eles também disponibilizam canetas (às vezes não tem canetas suficientes, então traga a sua na bolsa). Segue uma foto do formulário, hipoteticamente preenchido. Como vocês podem ver, não tem segredo.

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Formulário de Imigrantes do UK.

Na hora que o carinha chamar no balcão, você provavelmente terá que apresentar o formulário, o CAS, e, é claro, o seu passaporte com o visto. Não precisa ficar nervoso, lembre-se que você já tem o visto, o que significa que eles analisaram toda a sua vida anteriormente e já te deram a permissão para entrar no país. Basicamente, eles só querem saber se você é você mesmo. Na minha vez eles me perguntaram qual era a minha profissão, o que eu estudava, onde eu ia estudar, quando começavam as minhas aulas, quando terminariam as minhas aulas, pediram o meu CAS, registraram os meus dedinhos e pronto.

Lembre-se de trazer na sua mala de mão todos os seus documentos, cartões de crédito/débito, e o que mais você considerar importante pra sua vida. Extravio de malas é algo muito comum (ex: só tive acesso à minha mala 6 dias depois de chegar em Coventry), então fique ligado.

2. Cheguei em Londres, mas quero ir direto para a minha cidade, comofaz?

Você vai ter que pegar um trem ou ônibus para ir pra seja.lá.qual.for.o.buraco.onde.você.vai.se.enfiar.por.um.ano. Eu não aconselho comprar com antecedência, pois só Jesus sabe os atrasos que podem acontecer nas conexões de vôo, mas se você quiser comprar, porque já quer chegar arrasando na economia, seguem os sites de compra:

O BUS você compra no site da National Express.

O TREM você compra no site da National Rail.

Considerando a demora na imigração e na hora de pegar as bagagens, com mais uma margem de segurança pro caso de um dos vôos atrasar, eu aconselho deixar umas 3 horas entre a aterrissagem e o horário do trem/ônibus. A maioria dos aeroportos de Londres tem wifi grátis, então o tempo vai passar e você nem vai notar (mandar mensagem pelo face pra mãe, pai, vó, tia, amor-da-minha-vida, amigos, etc.).

Para ter desconto nas duas empresas, você precisa: 1. Ser jovem (16-25 anos) E/OU 2. Ser estudante.

Se você for jovem, antes mesmo da matrícula na universidade, já dá pra ter o Railcard (pra trem), e o Coachcard (pra ônibus). Os dois cartões dão desconto de 1/3 no valor da passagem, e podem ser feitos em qualquer estação, no balcão onde vendem os tickets ou pela internet mesmo. Você só precisa do seu passaporte em mãos e dindin pra pagar (no caso do Railcard precisa de uma foto padrão passaporte também). O Coachcard custa 10 pounds e o Railcard custa 28 pounds.

Se você for nem-tão-jovem, você vai precisar de algum comprovante (carteirinha de estudante NUS) pra fazer o Coachcard e pra fazer o Railcard vai precisar preencher um formulário lá e carimbar na universidade, então aí só depois da matrícula mesmo.

A maioria dos aeroportos tem estação de trem e de ônibus. Heathrow não tem, mas como ele é praticamente dentro de Londres, é só pegar o metrô na estação do aeroporto mesmo e ir pra Euston (se for pegar o trem) ou Victoria (se for pegar o coach).

3. Quero passar uns dias em Londres, antes de ir pra minha cidade. Dicas?

Se você aterrissar em Heathrow, é só pegar o metrô (tem estação no aeroporto mesmo) e você já sai dentro da cidade. O metrô de londres é dividido em 6 zonas. Heathrow fica na zona 6, e você provavelmente vai querer ir pra zona 1 ou 2, que são as partes turísticas, então você tem que comprar o single ticket (só ida) que te permita andar por essas zonas. Para passear por Londres, você pode comprar o Day Travelcard das zonas 1 e 2 (8.8 pounds), ou o 7 Day Travelcard das zonas 1 e 2 (30.40 pounds, vale se for ficar por mais de 3 dias). O Travelcard permite a utilização de qualquer meio de transporte público da cidade, do dia de validação do cartão, até as 4:30h da manhã do dia seguinte.

Se você aterrissar em outro aeroporto, vai ter que pegar um coach ou trem pra Londres.

Como você provavelmente vai chegar com malas, procure por um hostel com lock rooms, pra poder deixar as malas trancadas em um armário e aproveitar a cidade de cabeça tranquila.

4. Dinheiro

Nos aeroportos facilmente se encontram máquinas de sacar dinheiro dos VTMs. Não acho que seja necessário trazer dinheiro em papel, pois acho que eles só pedem pra mostrar o dinheiro na imigração quando é turista (não sei de ninguém daqui que precisou mostrar dinheiro), mas se você quiser se garantir, imprime o extrato do VTM e traz junto com os demais documentos. Não esquece de decorar/anotar a senha do VTM (como eu fiz, hehe).

Fiz meus VTMs de libra e euro com o Banco Rendimento, que é de Recife. Fiz tudo pela internet e recebi os cartões pelo correio bem rapidinho. Acho bom fazer o VTM de euro também, pra colocar o dinheiro das futuras viagens. Vale a pena deixar uma parte do dinheiro na conta do Brasil e ficar esperando cair o euro pra carregar o cartão.

5. Comunicação

Uma vez no UK, pra se comunicar com os amigos daqui e pra usar internet 3G, você pode escolher entre uma série de operadoras de telefonia com cobertura boa. A primeira operadora que eu usei foi a Three, mas logo depois eu mudei pra Giff Gaff, pois a internet era melhor, as “Goodybags” (pacote com internet+ligações+SMS) eram mais baratas e o pessoal todo tava usando também. Não tive nenhum problema com a Giff Gaff até agora, só alegrias.

Pago cerca de 12.50 pounds por mês pra ter internet ilimitada, SMS e ligações à vontade de Giff Gaff pra Giff Gaff.

Pra ligar pro Brasil o bom é ter um chip da Lebara. Com 10 pounds já dá pra falar um bocado com a família por um bom tempo.

6. Registro na Polícia

Em até uma semana depois da chegada no UK, é necessário se apresentar na polícia, em um “register office”, com seu passaporte e duas fotos de passaporte em mãos. Ah, e 34 pounds pra pagar a taxa. Atenção: eles não aceitam notas de 50 pounds, God only knows why.

Pelo que li no site da polícia do West Midlands (região de Coventry), é possível se registrar em um register office fora da sua área, mas aí depois você vai ter que ir lá no da sua área e meio que fazer tudo de novo (levar foto, preencher formulário, etc) então não vale a pena. Não consegui encontrar um site confiável onde dê pra pesquisar os register offices do UK, pra vocês saberem se na cidade de vocês tem, ou se tem que ir pra uma cidade próxima (aqui em Coventry não tem, quem chega precisa ir pra Birmingham se registrar), mas provavelmente perguntando na universidade eles saibam informar.

Obs: Não sei o porquê, mas especialmente no meu visto não veio escrito que eu precisava me registrar, então eu não precisei. Dê uma olhada no visto pra ver se você precisa mesmo, antes de se preocupar com isso.

Sejam bem vindos ao UK e boa sorte! 🙂 🙂 🙂

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Bem vindos à terra da Rainha!

Espero ter ajudado vocês. Se tiverem alguma dúvida, podem perguntar nos comentários mesmo.

Se quiserem saber mais um pouco, fiz esse post também falando mais sobre o custo de vida aqui, dicas pra economizar, dentre outras coisas.

Beijos!

Lenita

“Hostel, nunca mais!” – Alugando apartamentos para curtir o Holiday.

Esse post de hoje é dedicado aos mochileiros de plantão que querem economizar, mas com dignidade. Depois daquela viagem louca de 21 dias que fiz durante o Easter break, passei a me considerar uma especialista em hostels. Isso porque vivi todo o tipo de experiências boas e ruins que se pode imaginar (relacionadas ao tema hostel) e em um período muito curto de tempo.

Para quem não sabe, um HOSTEL é como um hotel de baixa qualidade, no qual ao invés de alugar um quarto, se aluga uma cama em um determinado quarto, que você possivelmente dividirá com estranhos. Geralmente, tem-se várias opções de quartos, variando a quantidade de camas e o gênero permitido (feminino, masculino ou misto). Uma das vantagens de se viajar em grupo é que as vezes dá pra fechar um quarto só com conhecidos e evitar certos tipos de preocupações.

Para ilustrar as preocupações, vou citar aqui algumas das minhas experiências pitorescas em hostels pelo mundo:

Em Londres, fiquei hospedada em um hostel chamado Hyde Park, em um quarto misto que dividi com VINTE E UMA pessoas, que só possuía DUAS tomadas e o cara que dormia na cama abaixo da minha era muito flatulento. Foi a primeira de muitas vezes que vi caras estranhos de cueca. Vi caras de cueca correndo pelos corredores do hostel, vi caras de cueca saindo do banho… Também já tive que ver piriguetes sem noção trocando de roupa no meio do quarto como se estivessem sozinhas. Como viajamos geralmente eu e Rafael, sempre pegamos quartos mistos, para podermos ficar juntos.

Em Frankfurt, apesar do hostel super limpo e organizado, enquanto tomava banho pela manhã me assustei com o dono do hostel batendo em minha porta e gritando para eu sair do banho que estava demorando demais, e depois me dando bronca dizendo que eu deveria tomar banho à noite, antes de dormir, e não pela manhã, quando tem muita gente querendo usar o banheiro. Isso porque eu era a única pessoa do sexo feminino no local, e ele decidiu que todos os banheiros seriam unissex, por conta da demanda. Também não era permitido carregar a bateria da câmera nas tomadas do hostel, e nem lavar peças íntimas no banheiro (como ter calçolas infinitas para 21 dias de viagem?).

Já fiquei em locais em que não tinha segurança alguma, não tinham armários para guardar a mochila, alguns quartos ficavam abertos para quem quisesse entrar, outros cobravam pelo cobertor (2 euros, o dia!), alguns cobravam para ter acesso ao Wifi, ou tinha horário para dormir, etc.

E em Paris tive uma quase experiência bastante ruim, que narrei nesse post.

Sei que hostel é uma opção barata para aqueles que estão sempre com o orçamento apertadinho e que abrem mão de certas frescuras  para poder aproveitar mais e gastar menos nas viagens, e tem muito hostel bacana por aí e com preço bom, mas às vezes existem meios melhores de economizar com estadia como, por exemplo, alugando apartamentos.

Gente, alugar apartamento é tudo de bom! Falo pelas duas experiências que tive até agora em Paris e em Roma. Não precisei dividir quarto com gente esquisita, não precisei ficar em fila para usar o banheiro, tive máquina de lavar e cozinha à disposição, internet boa, roupa de cama, toalhas, TV, e o mais importante: sem preocupações em levarem minhas coisas embora enquanto eu estou passeando. É realmente muito incomodo sair do quarto e largar a mochila lá para quem quiser vir e roubar minhas roupas, meu secador de cabelos, maquiagens, etc. Depois que uma colega me contou que roubaram sua escova de dentes e pasta de dentro de sua mala, eu não duvido de mais nada do que possam me roubar em um hostel.

Estávamos planejando receber dois amigos do Brasil, que ficariam aqui com a gente por 10 dias. Como planejamos tudo muito em cima da hora, os hostels estavam custando os olhos da cara e alugar apartamento seria uma opção bem mais em conta. Fizemos o aluguel pelo Housetripque nos tinha sido recomendado. Pelo site dá pra olhar todos os detalhes da casa, ler as reviews de quem já alugou, entrar em contato com o dono e fechar o negócio. Tem que ser feito o pagamento completo para que o apto fique reservado. Não tem como que se preocupar, o dinheiro só cai na conta do dono dois dias depois do check in, pra o caso de qualquer problema você poder contactar o House Trip e pedir o refund.

A reserva pelo site é fácil de fazer, como em hostel, só que é necessário ficar atento em pegar a opção “entire apartment” ao invés de “private bedroom”, para não ter que dividir a casa com pessoas estranhas ou até com o próprio dono. O site tem vários filtros de pesquisa, dá pra escolher só entre apartamento com estrutura para cadeirante, ou que tem internet, piscina, que pode levar animais e mais outras coisas. Depois de escolher o apartamento (levando em consideração todas as reviews, sempre), ao invés de fazer a reserva direto, o site bota você em contato com o dono do local, para saber se estará disponível ou não. Se estiver, ele permite que a reserva seja feita, você faz o pagamento e pronto. O próprio site recomenda que se entre em contato com 3 ou mais “Hosts” ao mesmo tempo, para o caso de alguns demorarem a dar uma resposta. O House Trip cobra uma taxa de 3 por cento do valor do aluguel.

Bem, vamos às experiências que tive até o presente momento:

1. Paris

Já tinhamos ido a Paris antes, mas fomos novamente pois nossos amigos queriam conhecer, e nós também não tivemos muito tempo para ir a todos os lugares legais da última vez (contei tudo aqui). A maioria dos apartamentos disponíveis no House Trip ficavam na região de Montmartre, que é próximo de onde ficamos antes, então já sabíamos que era um local legal. Pegamos um apartamento para 4 pessoas, com um quarto com cama de casal e uma sala com sofá-cama. A casa é bem apertadinha, mas completa, com uma cozinha equipada, máquina de lavar, TV e internet boa. Ficamos a poucos metros da estação de metrô, e próximo a lanchonetes, mercadinhos e lojas. A única desvantagem é que o apto fica no quarto andar e não tem elevador. Fizemos a reserva dois dias antes de ir para Paris. Pagamos 280 euros por 3 noites, para 4 pessoas, ou seja, 23.3 euros a diária por pessoa. Lembrando que isso foi em uma época de alta estação. Tirei umas fotos do apartamento, clique na imagem para ver melhor.

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2. Roma

Em Roma, fomos vizinhos do Papa por 4 dias. O prédio ficava bem próximo ao vaticano, era só subir uma escadona. O apartamento era muito bem localizado, próximo à estação de metrô e em frente a um ponto de ônibus (o metrô de Roma não é muito grande, o meio de transporte mais usado é o ônibus), e bem no meio do comércio, com uma infinidade de lojas e restaurantes bem próximos da gente. A casa era bem legal, abrigava até seis pessoas, com dois quartos, dois banheiros e uma cozinha com máquina de lavar. Também tinha ar condicionado nos quartos (ainda bem, porque estava fazendo um calor danado). A diária custou por volta de 85 euros, ou, seja, 28 euros e pouco por pessoa. Seguem as fotos do apartamento.

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Nos dois locais nós nos comunicamos com os “Hosts” por mensagem de celular para marcar de pegar a chave e conhecer a casa. Os dois foram super solícitos e nos ajudaram em tudo o que foi necessário.  No apartamento de Roma tivemos um pequeno estresse, por conta de uma taxa extra que o governo cobra dos turistas (2 euros por dia de estadia na cidade) e que não constava na descrição do site, o que acontecia em outras opções de apartamentos. Fora isso, e o inglês bastante italiano da dona do apto, tudo deu certo.

De um modo geral, achei muito mais vantajoso alugar um apartamento bem localizado do que ficar hospedada em hostel. E ainda  compramos tudo em cima da hora, mas pesquisando os preços no site com antecedência, dá pra pagar uma pechincha para se hospedar em apartamentos bem bacanas. O slogan do site é “Why stay in a city, when you can live in it?”, e, realmente, eu me senti bem mais à vontade vivendo uns dias como moradora em Paris e Roma, do que eu me sentiria me hospedando em um hostel. Meus passeios foram mais tranquilos e despreocupados, fizemos café da manhã, tivemos privacidade e até ferro para passar a roupa!

Adorei minhas experiências iniciais em aluguel de apartamento, espero que também dê certo nas próximas :).

Beijos!

Lenita

Aos que estão vindo para cá.

Na semana passada, o CNPQ divulgou a lista com os nomes dos novos bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras. Aos que foram aprovados, meus parabéns e sejam bem vindos ao clube. Preparei esse post especialmente para vocês, com algumas diquinhas e informações importantes, para que vocês não se sintam tão perdidos quanto eu estava quando cheguei aqui. Tudo o que eu escrevi foi baseado nas experiências que já tive e que estou tendo agora, e espero que sejam úteis para vocês.

Me lembro bem do dia em que eu estava sentada no sofá da sala, lá em Salvador, esperando sair o resultado final do CNPQ, já antecipando a felicidade de ler o meu nome e o do meu namorado na lista. Primeiro eu ligaria para ele, para contar a grande novidade, depois eu esperaria os meus pais chegarem em casa, e contaria para eles também, e para minhas irmãs. Depois eu contaria para os meus amigos e amigas, e para toda a minha família, e para quem mais aparecesse em minha frente na rua. Mas aí saiu a lista. E o meu nome não estava lá.

Chorei muito, fiquei arrasada, depois aceitei que a vida era assim mesmo e fui pra aula no dia seguinte. Ao que parece, houve uma falha do UUK em enviar os documentos para CU, e por conta disso, foi como se eles nem tivessem nos aceitado. Mais de 30 estudantes estavam passando pelo mesmo problema que eu.

Depois de algumas semanas de desespero e depressão, nosso problema foi resolvido, e saiu uma retificação no diário oficial com a lista correta.

Por conta desses ocorridos, nós, que já estavamos com um prazo bastante apertado para providenciar o visto, ficamos ainda mais atrasados e tivemos que correr com os documentos. Coventry nos ajudou bastante com isso, pois logo eles enviaram pra gente um formulário para preenchermos e depois nos enviaram o nosso CAS.

Já que falei do CAS, vou contar logo pra vocês sobre o visto.

Primeiramente, gostaria de esclarecer pra quem está imaginando o que dizer quando chegar lá, ensaiando frases, etc.: Não existe entrevista. Ninguém vai te interrogar, analisar suas respostas e nem verificar se você está olhando para a esquerda ou para a direita enquanto pensa, para saber se você está ativando a lembrança ou a criação no seu cérebro. A pessoa malmente vai olhar na sua cara, então não tem porque se preocupar. Não com a entrevista.

Tirei o meu visto em Brasília e foi relativamente tranquilo. O visto é agendado online, e o pagamento também tem que ser feito online, com cartão de crédito. O pagamento é feito em dólares, e custa o equivalente a uns mil reais (é caro, mas se economizar na passagem de vinda dá pra recuperar todo o money investido). Verifique se o seu cartão pode fazer compras internacionais antes de pagar, e, se necessário ligue para o cartão e peça para eles liberarem. O meu cartão foi bloqueado por conta disso :). Marquei o visto para a mesma semana que recebi o CAS, e tinham muitas vagas e horários disponíveis em vários dias próximos. Não se pode marcar visto com mais de três meses de antecedência da data prevista da viagem.

O visto pode ser tirado em 3 locais diferentes: Brasília, São Paulo e Rio. O visto é, de fato, processado no Rio, enquanto que os outros locais são apenas para você dar entrada com seus documentos. Se você for tirar o visto em SP ou Brasília, vai ter que pagar pelo sedex de envio dos documentos para o Rio, além de pagar pelo envio do visto (aceito ou não), juntamente com os seus documentos, de volta para sua casinha. Outra vantagem de fazer no Rio, é que muita gente recebeu o visto com menos de uma semana do dia da “entrevista”. Alguns até receberam no mesmo dia.

É necessário levar uma cópia de todos os seus documentos, caso contrário, eles vão manter os seus originais com eles, e você precisará desses documentos para se matricular na sua universidade. Todos os seus documentos vão ficar lá com eles, inclusive o seu passaporte, e depois eles te enviam tudo de volta em um envelope gigante de plástico. Vai vir tudo amassado, se prepare para isso. As fotos que eles pedem não são 3×4, mas você pode tirar lá mesmo na hora. A foto vai aparecer em seu visto, então tente ir bonito e arrumadinho. Eles te obrigam a pagar pelo serviço de SMS com atualizações do seu status, o que custa uns 8 reais. Se eu não me engano, o valor de tudo (sedex pro rio, sedex pra casa, fotos e sms) ficou em torno de 120 reais que eu paguei com cartão mesmo lá na hora.

Eles vão oferecer o serviço de prioridade, que custa 300 conto e não é tão necessário, já que quem é do CsF já tem prioridade. Ouvi dizer que lá em SP eles ficavam pressionando para que o pessoal pagasse a taxa, mesmo que não fosse necessário, então fiquem espertos.

No dia do visto eu cheguei bem cedo, mas não adiantou nada porque eles não deixaram subir nem 5 min antes do horário. Chegando lá uma mulher me revistou muito bem revistado, olhou tudo dentro da minha bolsa e mandou eu desligar o celular. A moça da Worldbridge que recolhe os documentos fica atrás de um vidro blindado, e ela não responde suas perguntas, dizendo que não está autorizada a dar informações sobre quais documentos você deve enviar ou não. Ela não diz se está faltando algo, se tem documento errado, nada, então vá bem certo do que deve enviar ou não. Ah, e por favor, não pensem que o visto é tirado na embaixada, porque não é! É no escritório da Worldbridge.

A “entrevista” foi bem rápida. Dei entrada com os meus documentos no dia 17 de dezembro e só recebi o visto em casa no dia 13 de janeiro, 4 dias antes da viagem. Vale ressaltar que eu peguei todos os dias de festas de fim de ano, e também a greve dos correios.

Antes mesmo de dar entrada no visto, eu já tinha comprado minha passagem de vinda. Como já falei, comprei somente a vinda, porque vou ficar mais de um ano aqui, e não teria como aproveitar a passagem de volta. Muitas vezes, a passagem de ida+volta sai pelo mesmo preço da de ida sozinha, mas a minha eu comprei multidestinos e aí saíu bem barato (menos de 2000 reais). Em compensação, passei o maior perrengue com a companhia aérea (KLM), mas essa parte eu conto depois porque a indignação é grande, hehe.

Outra preocupação que eu tive, e que foi a melhor preocupação da minha vida, foi quando caiu o dinheiro da bolsa em minha conta. Teve gente que se preocupou logo em sair contratando a primeira corretora de câmbio que viu pela frente pra fazer o VTM (Visa Travel Money), e teve gente preguiçosa que deixou pra fazer isso um dia antes da viagem (eu).

Primeiro eu fiz com a CI, porque ficava perto da minha casa, e é uma empresa de confiança e tal, mas nessa eu perdi dinheiro, porque a cotação deles é absurdamente mais cara que o normal. A sorte é que eu carreguei só uma pequena parte do dinheiro nessa corretora, porque eu já sabia que podia conseguir cotação melhor. A corretora de câmbio com a qual eu troquei todo o resto do meu dinheiro, e recomendo, foi a Flexchange, que é de Recife. Fizemos todo o contato pela internet, e foi bem tranquilo, e a cotação deles era sempre muito boa. Fiz dois VTMs, um de libra e um de euro, que eu já carreguei com um dinheirinho que eu tinha juntado no Brasil.

Não vale a pena comprar cash, porque é mais caro e você pode sacar assim que chegar ao aeroporto daqui. Em todo canto tem cash machine por aqui, então não esquente com isso.

Existem alguns cartões de desconto para estudantes aqui do UK que valem muito a pena se fazer. Um deles é o Railcard, que serve para andar de trem com desconto de 1/3 do valor da passagem normal e custa 28 libras. Assim que chegar aqui, na estação mesmo, você já vai logo fazer o seu cartão, que é pra já economizar na passagem. Traga do Brasil as fotos que sobrarem do visto, elas serão muito úteis por aqui. Um outro cartão que vale a pena fazer é o NUS Extra ISIC, que te dá descontos em muitas lojas, restaurantes e atrações (ex: 50% na eurodisney), mas esse só dá pra fazer depois de matriculado. Pra quem tem mais de 25 anos, o Railcard também só dá pra fazer depois da matrícula. Quer ter uma idéia de quanto custa uma passagem de trem de Londres para sua cidade? Pesquisa no site da National Railways, aqui.

Algumas universidades oferecem o serviço de irem buscar os alunos no aeroporto gratuitamente. Já vá pesquisando se a sua universidade oferece esse serviço, e quais são os dias que eles fazem isso, antes de comprar sua passagem ;).

Quando vocês chegarem aqui, vai ser necessário se apresentar na polícia (não bastasse o visto, você também tem que pagar por isso, custa 34 libras), e pode ser que não seja possível fazer isso em sua cidade. Leve suas fotos do visto também. Você terá 7 dias para se apresentar, contando a partir do dia de chegada, então já venha pensando nisso. No seu visto vai estar escrita essa informação. Exclusivamente o meu visto não veio com esse aviso, então quando eu cheguei lá em Birmingham, e mostrei meu passaporte para a policial, que não estava bem humorada, ela falou que eu não precisava, e gritou “Next!”. Aí eu perguntei a ela porque que eu não precisava, já que todo mundo que veio precisou se registrar, aí ela me respondeu “Não sei, pergunte a quem te deu o visto”. Tum Dum Tsss. Tchau, moça, obrigada.

Se você tem uma mãe preocupada em casa, seguem algumas coisas que ela vai gostar de saber.

Aqui no UK nós temos o direito de usufruir do sistema público de saúde, o NHS. Para usar os serviços, você vai precisar da carteirinha. Eu fiz a minha na própria universidade e levou mais de um mês pra chegar, enquanto que quem fez em posto de saúde recebeu muito mais rápido. Ainda não precisei usar o NHS (ainda bem), mas já ouvi dois depoimentos diferentes de quem precisou usar: Um achou muito bom e outro achou uma porcaria. O NHS dá alguns remédios de graça, incluindo pílulas anticoncepcionais. Aqui em Coventry, na própria universidade tem um consultório médico que os alunos podem usar.

Nós recebemos o dinheiro do seguro saúde/viagem incluso na bolsa, e é obrigatório comprar o seguro e apresentar a apólice para o CNPQ depois. Mesmo tendo o NHS aqui no UK, o seguro pode ser útil nas viagens pelo mundão, então é bom pesquisar com calma antes de escolher a empresa. Sai muito mais barato fazer o seguro aqui, como morador do UK, então para economizar dindin eu comprei somente o primeiro mês de seguro no Brasil, e fiz mais um ano de seguro aqui.

Outra coisa que vira preocupação para as mães é como fazer pra saber se o filho está vivo. Se a sua mãe também não acerta usar o skype, não tem problema, compra um chip da Lebara. Assim que chegamos aqui, nós compramos um chip da Lebara e colocamos em um celular velho que Rafael trouxe do Brasil (se serviu naquele celular, vai servir em qualquer um que você trouxer). As ligações para o Brasil saem bem baratinhas, principalmente ligações para telefone fixo. E no aeroporto mesmo eu vi vendendo o chip e o crédito em uma máquina daquelas de botar moedas, como se fosse comida. Se você não tiver pressa para ligar para casa, pode comprar o chip depois, na Poundland, por 1 pound.

Para se comunicar com o pessoal daqui e usar a internet 3G, a operadora que eu recomento é a Giffgaff. No pré-pago, com 12 libras você tem direito a 250 min em ligações, internet com boa cobertura “ilimitada” (eles chamam de ilimitada, mas tem um limite que é bem alto e difícil de atingir, mas eu conheço gente que já conseguiu e a internet foi bloqueada), sms ilimitados e ligações de graça de Giffgaff para Giffgaff. Também dá pra comprar o chip na Poundland.

Já que falamos em Poundland, vamos falar sobre o custo de vida aqui. Quando eu cheguei aqui, achei tudo incrivelmente barato, e sempre quando eu ia no mercado, queria comprar tudo, queria testar tudo o que aparecia pela frente. Na verdade, as coisas não são tão baratas assim, mas se você souber aproveitar bem o seu dinheiro e pesquisar os produtos dá pra ter uma economia boa no fim do mês. Com o tempo, comprando em mercados diferentes, a gente vai sabendo o que comprar em cada lugar e quais produtos prestam ou não.

Tem algumas coisas sobre os mercados daqui que são bem interessantes e que eu vou comentar. A primeira coisa, é o tal do “Mix & Match”, e outras promoções do tipo. Enquanto no Brasil as pessoas vão ao mercado para fazer as compras do mês, e saem de lá com dois carrinhos cheios de comidas, aqui no UK o pessoal faz as compras aos pouquinhos, à medida que vão precisando. Uma vez um professor meu, na época do colégio, explicou que como o Brasil já passou por alguns períodos de variações monstruosas de inflação, as pessoas criaram o hábito de irem ao mercado fazerem grandes compras e estocarem tudo em casa, para o caso de os preços subirem. Como aqui não tem isso, as pessoas realmente só compram o que precisam de imediato, então os mercados colocam nas prateleiras alimentos com prazo de validade muito curtos (imagino que não tenham tantos conservantes, como no Brasil), e criam diversas promoções para incentivar as pessoas a comprarem em maior quantidade. Por exemplo, uma bandeija de 400g de peito de frango custa uns 4,5 pounds, mas na embalagem tem um adesivinho vermelho escrito “Mix and Match, 3 for 10”, e aí sai bem mais em conta levar 3 bandeijas de frango – ou, 1 de frango, 1 de carne moída e 1 de peito de perú (mix and match é isso, gente). Também tem muitas promoções de levar dois sucos pela metade do preço, ou três iogurtes pelo preço de dois, e por aí vai.

"Mix & Match"

“Mix & Match”

Promoções

Promoções

No mercado eles vendem saladas frescas, lavadas e cortadas dentro de uma embalagem. O pacote custa cerca de 1 pound e vem salada pra uns 4 dias. Para vocês terem uma idéia dos valores: um pacote com 2,5kg de batata custa 1,9 pounds, 2,5 litros de leite custam 1,3 pounds, um pacote de cookies custa 0,60 pounds e 250g de manteiga custam 1 pound.

No mercado vende feijão igual ao do Brasil, nesquick chocolate, leite condensado (o brigadeiro está garantido), dentre outras coisas que vocês poderiam sentir falta.

Uma coisa bem legal dos mercados daqui é que eles vendem produtos com a sua própria marca, com a mesma qualidade dos outros produtos, mas com preços muitíssimo mais baratos. Por exemplo, biscoito cream cracker Jacobs custa 1,2 pounds, enquanto que o mesmo biscoito, só que com a marca do Sainsbury’s (mercado onde faço compras), custa 0,40 pounds. Todas as redes grandes de mercado tem seus próprios produtos, e normalmente eles valem muito a pena. Vocês podem dar uma olhada nos preços das coisas nos sites do Sainsbury’s, Morrisons, Tesco e Asda, que são as maiores redes aqui do UK, para terem uma idéia do custo com alimentação.

Comer na rua é caro. Enquanto você está aí no Brasil, vai aproveitando para aprender umas receitinhas com sua mãe pra quando chegar aqui poder cozinhar sua própria comida. Na rua eles vendem muita comida apimentada, e tudo vem acompanhado de chips (batata frita). A comida muitas vezes é sem sal, e os preços variam bastante, claro, mas aqui em Coventry fica em torno de uns 4,5 pounds o almoço. No Subway, um sanduíche com suco de garrafa custa 3,3 pounds, enquanto que no Burger King uma promoção custa uns 6 pounds. No restaurante da universidade, uma refeição custa entre 3 e 4 pounds, mas vem tão pouca comida que não vale a pena.

Aqui no UK tem uma rede de lojas chamada Poundland, onde tudo custa 1 pound. Eles vendem tudo o que você puder imaginar, de eletrônicos, a alimentícios, de produtos de higiene a livros, e por aí vai. Quando vocês chegarem aqui e precisarem de adaptador, não pensem duas vezes, comprem na Poundland. Chocolates, doces, cereais, leite? comprem na Poundland. Nutella? Poundland.

Poundland

Poundland

Poundland s2

Poundland s2

Eletrônicos aqui no UK não são muito baratos. Custam menos que no Brasil, claro, mas não é tão fácil encontrar pechinchas boas. Uma coisa que eu observei, depois de ter visitado quatro cidades diferentes aqui da Inglaterra, é que não existem muitas lojas regionais, como no Brasil. Aqui, você vai encontrar exatamente as mesmas lojas em todos os lugares que você for.

Em compensação, aqui vale muito a pena comprar coisas pela internet, porque na maioria esmagadora das vezes, eles não cobram pelo frete e as promoções são realmente boas. Para ficar sabendo das melhores promoções, todos os dias, eu recomendo seguir essa página do facebook.

Aqui no UK as universidades providenciam as residencias para os alunos morarem. Os modelos das residências variam bastante. Enquanto que uns moram em quarto en suite (com banheiro), com direito a cozinha e máquina de lavar, outros moram em quartos no alojamento da universidade, sem direito a cozinha e com banheiro compartilhado. O que importa mesmo é ter um cantinho pra dormir.

Aqui em Coventry eu não gasto nada com transporte, faço tudo andando. Uma passagem de ônibus aqui custa em torno de 2 pounds, o que eu considero extremamente caro, já que a cidade é tão pequena. Já o taxi, nas poucas vezes que eu peguei, achei barato. Alguns colegas compraram bicicletas para se movimentarem pela cidade, uma bicicleta nova custa menos de 70 pounds. Como eu não tenho muitas habilidades com bicicletas, eu continuo fazendo minhas caminhadas diárias de 27 min pra ir e 27 min pra voltar da faculdade todos os dias.

Bem, pessoal, isso é tudo o que eu lembro por agora. Espero que esse post tenha ajudado vocês a se familiarizarem com o que vão encontrar por aqui daqui a alguns meses. Se quiserem saber mais alguma coisa podem perguntar aqui nos comentários mesmo, ficarei feliz em ajudar no que for possível :).

Beijos e boa sorte!

Lenita