Genebra, onde deu vontade de voltar para casa.

Depois de quatro dias animadíssimos em Barcelona, seguimos para Genebra, sem nem mesmo saber o que tinha de bom por lá. Quando estávamos planejando a viagem, os vôos saindo de Barcelona estavam meio caros, mas encontramos um preço muito bom para Genebra. Compramos. Quando fomos pesquisar os hostels, estava um mais caro que o outro. O hostel de Genebra foi o mais caro que já pagamos até agora.

Logo na chegada, ainda no aeroporto, a cidade pareceu ser bem legal e acolhedora. Na pate onde pegam as bagagens, tem uma maquininha que imprime um ticket de passagem pra Genebra gratuitamente, válido por 1:20h, contando a partir do momento em que o ticket é impresso. Achei ótimo. O primeiro país que oferece essa regalia aos turistas.

Na descida para a estação de trem, veio uma mulher loira, vestida de caipira (não sei do que ela realmente estava fantasiada), com uma cesta cheia de chocolatinhos, que ela saiu distribuindo pra todo mundo. Ela deu quatro para o meu namorado e só dois para mim, mas ainda assim, chocolate de graça, oba!

A estação de trem fica no aeroporto mesmo, e todos os trens que saem de lá passam por Genebra e depois partem para outras cidades. O trajeto foi rapidíssimo, mas como acabamos perdendo o ponto, fomos parar em uma outra cidade, chamada Lousanne. Deve ser por isso que eles colocam os tickets com 1:20h de duração, por causa dos turistas destrambelhados que dormem no ponto, literalmente, e que precisam esperar outro trem pra poder voltar.

Na estação de Lousanne, não sabíamos como encontrar a plataforma onde pegaríamos o trem de volta para Genebra, então decidimos perguntar a um velhinho que estava vestido com a farda da estação. E foi aí que começamos a conhecer a verdadeira face do pessoal de Genebra. Para quem não sabe, na Suíça se fala francês, e a moeda é o franco suíço. Pois fomos tentar falar com o tal do velhinho, começando o diálogo com a pergunta de praxe: “Hi, do you speak English?”. Ele olhou pra gente com uma cara azeda, cuspiu um “NON!”, e virou as costas.

Tudo bem, não sabe falar, não fala, sem problemas. Mas aposto que se fosse aqui no Brasil, qualquer um tentaria ajudar assim mesmo.

Avistamos um outro cara com a farda da estação. Dessa vez, um mais jovem e arrumadinho, podia até saber falar em inglês, quem sabe. Fomos falar com ele. Não, nada de inglês, mas aí eu fiquei falando “Geneve, Geneve”, e ele falou em francês mesmo, e Rafael entendeu “cinq”, mostramos a mão aberta pra ele e ele balançou a cabeça, fazendo que sim. Então pronto, plataforma cinco.

Pegamos o trem e voltamos para Genebra. As 1:20h do ticket já tinham acabado fazia tempo, e a gente ainda estava lá, confiando no papelzinho. Descemos na estação de Gare Cornivin, e fomos andando para o hostel. Como de costume, nos perdemos no caminho. Da estação para o hostel era só andar em linha reta durante uns cinco minutos, muito pertinho, não tinha como errar. Ainda assim, fizemos um U, e tivemos a sorte de encontrar duas brasileiras batendo papo no meio da rua, para perguntar como chegar, ou então ainda teríamos rodado por mais alguns minutos. Nessa rua onde encontramos as brasileiras, tinha muito cara mal encarado, parecendo lá com a rua do FRIENDS, em Paris. Tinham umas casas noturnas também e umas lojas que vendem cabelos de gente (tudo muito macabro).

Finalmente encontramos o Hostel, que ficava em uma rua não macabra, mas também estranha. Chegamos duas horas antes do horário do check in, então tivemos que esperar do lado de fora. Aproveitamos para ir logo “conhecer a vizinhança”. Estava fazendo muito frio e o céu estava completamente cinza. As ruas estavam desertas e a maioria das lojas estava fechada. Como ainda não tínhamos almoçado,  fomos olhando os restaurantes para ver se encontrávamos algum lugar legal para comer. Tudo caro. Tudo caríssmo. E os restaurantes eram todos bem feios.

No caminho, passamos por uma “delicatessen” aberta, e eu quis logo entrar pra ver se comprava umas comidinhas. olhei o preço de um pacotinho pequeno de biscoito, parecendo aqueles waffle da Bauducco. Custava 4,70 CHF (o equivalente a uns 10 reais).

Já era, pensei. Vou passar fome nesse lugar feio, cinza, com pessoas mau humoradas e caríssimo. E foi mais ou menos assim mesmo.

Voltamos para o hostel e, como ainda não estava no horário, voltamos a andar, só que na direção oposta. Bem pertinho, encontramos um mercado, o LIDL. Já encontrei desse mercado em outros países, então parece ser uma rede grande. Entramos no mercado, que não era tão caro quanto a lojinha, mas os preços ainda estavam meio salgados, e compramos logo um monte de coisas.

As pessoas dentro do mercado resmungavam o tempo todo. Algumas vezes ficamos com a impressão de era com a gente, por conta das mochilas, que eram grandes e atrapalhavam o tráfego um pouco quando a gente parava em alguma prateleira ( e era mesmo), mas eles também resmungavam bastante entre eles, falavam de maneira agressiva na fila, um esbravejando coisa para o outro, caras fechadas e irritadas constantemente.

Compramos nossos bagulhos e fomos embora. Tivemos que pagar pela sacola, como em alguns outros países. No UK eles dão sacolas de graça, quantas você quiser, ainda bem.

Voltamos para o hostel, que era uma beleza de organização, parecia mais um hotel mesmo. O local era um prédio com alguns andares, e que tinha tudo, lavanderia, lock rooms, lan house, sala de tv, telefone, loja (que vendia uns chocolates suíssos maravilhosos), etc. Os quartos eram bem legais, mas não tinham banheiros. Eles até davam toalhas, xampu, sabãozinho, etc. E todos os dias de manhã eles trocavam as toalhas, se você quisesse.

Dentro do Quarto.

Dentro do Quarto.

Já chegamos bagunçando tudo, haha.

Já chegamos bagunçando tudo, haha.

Na cozinha, a geladeira tinha gavetas de metal com chave para cada quarto, e o armário da cozinha também era assim. Tinha microondas e fogão, e eles até botaram algumas coisas para a gente usar (sal, óleo, manteiga, açúcar, etc.). Teve um dia que apareceu um pacote de doritos e uns amendoins lá, mas acho que foi alguém que botou, e eu não tive coragem de comer.

Os banheiros eram limpíssimos e ótimos de usar, só que era tudo unissex. Isso mesmo, dentro do banheiro tinha uma cabinezinha com privada pra homem, outra pra mulher e uma para o chuveiro. Tudo junto. No rules.

A vantagem era que tinham muitos banheiros em um mesmo andar, e a quantidade de hóspedes era pouca, então não tivemos problemas com os banheiros.

Pra variar, a internet wifi do hostel não prestava.

Juntamente com os lençóis e toalhas, eles entregaram pra gente um mapa da cidade e um guiazinho, falando um pouco sobre o que devíamos fazer/não fazer, quais bondes pegar para cada lugar, como chegar ao aeroporto, como chegar às montanhas, onde comer, onde beber, etc. Ah, e também eles deram um cartãozinho pra gente de free transporte dentro da cidade. Poderíamos pegar qualquer tipo de transporte (bonde, metrô e ônibus) totalmente de graça. Já gosto :).

Transporte Free.

Transporte Free.

Ticket do aeroporto.

Ticket do aeroporto.

Depois de comermos, saímos andando para conhecer a área, mas dessa vez sem a mochila pesada nas costas. Andamos até o Lago Genebra, e fomos passeando pela beira. O lugar estava deserto, e a iluminação era péssima. A grama crescia doida pelos passeios. A impressão que eu tive foi de que a cidade não é muito bem conservada.

Apesar de tudo, o lago é bonito e cheio de patinhos e cisnes. Tem um farol que fica iluminado à noite e que também é bem bonito, e, atravessando a ponte, o relógio de flores, que é belíssimo. Eu já tinha lido sobre o relógio na internet e estava louca para conhecer. Todo início de mês eles trocam todo o paisagismo das flores e plantam outro diferente. Ele fica bem na beira do lago, então nós acabamos indo parar nele sem querer, eu nem tinha levado a câmera nem nada. Tirei umas fotos no celular mesmo, e depois eu voltaria para tirar umas fotos melhores, de dia e com a câmera boa.

Farol Iluminado.

Farol Iluminado.

O Relógio de Flores.

O Relógio de Flores.

Do outro lado da ponte ficava a parte chique da cidade, com várias lojas de grifes e restaurantes bacanas. Como já estava meio tarde e estava fazendo muito frio, decidimos voltar para o hostel e dormir.

No dia seguinte, seguindo as orientações do guia do hostel, tomamos o tram (bonde) número cinco, e seguimos para a praça das Nações. O sistema público de Genebra é muito bom (com excessão dos passageiros, que são estressados e briguentos). Por toda a cidade circulam bondes, que eles chamam de “tram”, e que passam com uma frequência boa. Nosso hostel ficava bem perto da estação central, Gare Cornavin, então era bem fácil de nos movimentarmos pela cidade.

Rapidinho chegamos à Praça das Nações e à Cadeira Quebrada, que é um monumento para lembrar das vítimas do uso de minas subterrâneas. A cadeira é gigante, e uma de suas pernas está meio que comida propositalmente.

A Cadeira Quebrada.

A Cadeira Quebrada.

Atrás da cadeira, fica o Palácio das Nações Unidas, que não abre para visitas às segundas-feiras. Fomos em uma segunda-feira. Tiramos umas fotos pela grade mesmo, e na frente do prédio, só pra não dar a viagem como perdida.

Nações Unidas.

Nações Unidas.

Foto que tiramos pela grade mesmo.

Foto que tiramos pela grade mesmo.

Uma coisa boa de se fazer quando não se sabe onde ficam as atrações turísticas é seguir os outros turistas, para ver aonde eles estão indo. Apesar de Genebra não ter muitos turistas, nós estávamos exatamente no point, então todos os 20 turistas que estavam visitando a cidade estavam ali naquele momento. Fomos subindo uma ladeirinha ao lado do Palácio das Nações Unidas, e encontramos este belo sino, onde paramos para tirar fotos.

Sino chinês.

Sino chinês.

Depois do sino, continuamos subindo e chegamos a um museu lindo e fofo, por dentro e por fora, que é o Museu da Porcelana, também conhecido como Ariana Museum.

Lá dentro tem muita coisa delicada e fofinha, e deu vontade de tirar foto de tudo.

Incrivelmente, encontramos dois brasileiros lá, mas não falamos com eles, só ficamos calados, ouvindo pra ver se eles falavam alguma esculhambação, achando que ninguém ia entender, hehe.

Museu Ariana.

Museu Ariana.

Vaso lindinho.

Bonequinhos dançando.

Bonequinhos dançando.

Escultura.

Escultura.

Depois do museu, fomos atrás do museu da cruz vermelha, mas estava fechado para reforma :(. Lá perto, encontramos esse relógio de sol bonitinho e tiramos foto.

Relógio Solar.

Relógio Solar.

Continuamos subindo ladeira (a gente adora uma ladeira), e aí fomos procurar o Chateau de Penthes (chateau é tipo um castelo). Uma coisa que notamos no caminho, é que o pessoal coloca nas frentes de suas casas placas enormes e vermelhas dizendo “Propriedade privada”. Como se alguém fosse sair entrando na casa dos outros sem ser convidado. Eu, hein.

Finalmente chegamos ao Chateau, que é rodeado por uma área linda de grama verdinha e cheia de árvores. Ficamos com medo de entrar no lugar, porque não sabíamos se estava aberto para visitação e não tínhamos como perguntar (se perguntasse em inglês, levava tapa na cara), então decidimos ficar só por ali, apreciando a paisagem que era bem bonita.

Chateau.

Chateau.

Fomos andando pela àrea verde e sem querer, querendo, chegamos ao jardim botânico de Genebra. Oba! Flores! Adoro! Natureza! Amo!

Pouco depois de entrarmos, vimos logo um laguinho com flamingos lindinhos *.* Provavelmente colocaram alguma coisa naquela água, porque um dos bichos não parava de fazer arte o tempo todo, dançando e atraindo a atenção dos turistas. Tinham também pavões, veados, galos e patos.

O jardim botânico só não tinha flores.

Tinham várias plaquinhas enfiadas na terra, mas quando a gente olhava não tinha nada, ou às vezes tinha só umas plantas murchas, ou galhos. Dentro das estufas até que tinham algumas coisas, mas nada de muito bonito. Provavelmente, porque ainda estávamos saindo do inverno, e, ao contrário do que eu pensava, a primavera na europa não é como nos desenhos, em que no primeiro dia de primavera as flores todas desabrocham, as árvores se enchem de folhas, os animaizinhos começam a se acasalar, etc.

Tiramos umas fotos do que deu, ouvimos um pouquinho de Michel Teló no parquinho da crianças, que estava bem cheio, e depois fomos à procura do almoço.

Flamingo doidão.

Flamingo doidão se exibindo.

Uma das poucas flores.

Uma das poucas flores.

Estufa do jardim botânico.

Estufa do jardim botânico.

Como esperado, tivemos que almoçar fast food, ou então gastaríamos o planejado para os três dias em um só. Fomos ao Mc Donalds, e, quando chegamos lá, fomos fazer o pedido para uma mulher loira que estava atendendo todo mundo super bem. Chegamos lá e aí quando perguntamos se ela falava inglês ela respondeu que sim, mas fechou a cara completamente. Eu falava com ela em inglês e ela me respondia em francês, a gente tinha que ficar deduzindo as coisas sozinhos. Ela foi lá dentro, pegou as comidas e jogou tudo em cima da bandeija, bateu o copo de refrigerante com tanta força que derramou uma parte em cima das coisas. Na hora a gente ficou até sem reação com a mudança de humor da atendente.

Com a internet ruim dos hostels, a gente aprendeu a aproveitar o wifi dos fast foods para fazer nossas pesquisas de lugares legais pra ir. Ficamos na Mc um tempinho, usando a internet e depois saímos para procurar o “Xadrez Gigante”.

Primeiro a gente passeou por uma pracinha que estava indicada no nosso mapa, e que tem feirinhas e pessoas passeando (e esbarrando em você, sem a menor educação). Quando chegamos, a feira já estava no fim, e dava pra ver que só vendia coisa vagabunda. A praça não é lá essas coisas, e estava muito cheia de crianças correndo pra lá e pra cá, então nem perdemos muito tempo por lá.

Entrando por uma e outra rua, finalmente encontramos o “Xadrez Gigante”, que não chegava nem à altura do meu joelho. E olha que de gigante eu não tenho nada.

Montada no cavalinho.

Montada no cavalinho.

Na mesma praça onde fica o Xadrez, fica o Muro da Reforma Protestante, que é bem bonito. Nem consegui tirar foto do muro inteiro porque é muito grande. Tem várias coisas escritas no muro, e também tem uma escultura com os quatro líderes da reforma (um deles é Calvino, os outros eu não lembro os nomes).

Muro da Reforma

Muro da Reforma.

Depois dessa praça já estava escuro e muito frio, então voltamos para o hostel e fomos assistir Bastardos Inglórios, que estava passando na sala de televisão.

No dia seguinte, decidimos que seria legal irmos conhecer as montanhas, que pareciam bem interessantes vistas de baixo. Pegamos o bonde e fomos. Chegando lá, ficamos sem saber aonde ir para pegar o teleférico, então seguimos uma menina que tinha cara de turista e que estava entrando em uma vilazinha ali perto. Provavelmente, ela também estava perdida, pois entrou, saiu, e não encontrou o que estava procurando. Dentro dessa vila, novamente aquelas casas com placas de “Propriedade Privada”, e pessoas nos olhando com caras estranhas.

Saímos logo dali, e voltamos a procurar o teleférico.

Para ir ao teleférico, é necessário cruzar a fronteira com a França, e o guia do hostel tinha avisado pra trazermos nossos passaportes. Quando chegamos lá, a cabine da polícia estava vazia, então a gente passou de boa.

Andamos bastante seguindo as placas, e aí quando chegamos lá o negócio estava fechado, e não dizia quando voltaria a abrir. Que pena.

Mesmo assim, a vista de lá já era bonita, então a viagem não foi totalmente perdida.

No pé das montanhas.

No pé das montanhas.

Na volta, descemos na cidade velha e finalmente encontramos a parte bonita da cidade, que fica no alto. Lá tem muitos museus e umas construções antigas bem interessantes. Encontramos uma igreja russa, pequena, mas bem lindinha, alguns museus e uma pracinha que dá pra ter uma vista linda do Jet d’eau.

Igreja Russa

Igreja Russa

Jet d'Eau

Jet d’Eau

Saindo de lá, aproveitamos para ir tirar as tais fotos no Relógio de Flores. Chegamos lá, ansiosíssimos, e…As flores tinham sido todas arrancadas. Só tinha terra e mais nada. Era bem o dia que eles trocavam o paisagismo da coisa. Que triste :(.

O dia seguinte, o último dia para a nossa alegria, foi o dia mais legal. Primeiro, fomos à Bain des Paquis, o mesmo lugar que tinhamos visitado no primeiro dia, mas dessa vez ainda estava de dia e ensolarado, e o lugar fica bem bonito de manhã. Depois voltamos à parte alta da cidade velha e entramos em um museu, onde encontramos esse quadro de Picasso (que é bem feio, sejamos sinceros).

Picasso bizarro.

Picasso bizarro.

Bain des Paquis.

Bain des Paquis.

Cisne lindinho.

Cisne lindinho.

Depois fomos visitar o CERN, que é a organização de pesquisa nuclear européia . O museu é pequeno e funciona lá dentro mesmo. Não tem guia, as explicações ficam escritas nas paredes, e a gente vai seguindo pelos corredores lendo tudo. Lá é bem legalzinho, até pra quem não entende muita coisa de física, porque tem uma parte que é para crianças (a parte mais legal), e é bem interativa e colorida. Tem uma outra parte lá no final que já é mais para os nerds mesmo, e que é interessante também.

Pensei que ia ficar de cabelo em pé, mas nem era o que eu tava pensando :(.

Pensei que ia ficar de cabelo em pé, mas nem era o que eu tava pensando 😦

Medidor de Radioatividade no CERN.

Medidor de Radioatividade no CERN.

Detector central de partículas no CERN.

Detector central de partículas no CERN.

Quando saímos do CERN já era de noite, então compramos uma barra gigante de chocolate e voltamos para o quentinho do hostel para arrumar nossas malas. No dia seguinte, partimos para Budapest bem felizes! 🙂

A impressão que ficamos da cidade não foi das melhores. A maior parte de Genebra é feia e cinzenta, e as ruas parecem estar sempre desertas. A parte velha da cidade é bonita e interessante de visitar, mas também não tem muitas atrações. Os preços das coisas também estava bem acima das possibilidades de dois estudantes. Mas com toda a certeza, o que deixou a viagem a Genebra o mais decepcionante foi o mau humor e a falta de hospitalidade dos nativos. Era impossível não fazer comparações com o jeito carismático e atencioso dos brasileiros. Fiquei com pena deles, que moram lá e tem que se aguentar todos os dias, enquanto eu estava só de passagem.

De um jeito ou de outro, não recomendo uma visita a Genebra, mas, uma vez que já se está lá, vale a pena se esforçar para conhecer as partes bonitas da cidade e aproveitar para comprar chocolates e relógios (se você tiver $$$).

Beijos!

Lenita