Salve, Salvador!

Hoje eu resolvi editar e publicar um post saudoso que eu tinha feito sobre a minha cidade enquanto ainda estava láa do outro lado do Atlântico, mas que fiquei sem querer publicar porque não tinha fotos legais de autoria própria para ilustrar (sou dessas). Finalmente, alguns meses depois de estar de volta, e munida de algumas fotinhas que tirei do celular mesmo, e com a ajuda de alguns filltros para não parecer tãao coisa de amador – apesar de que Salvador não precisa de um pingo de filtro para ser linda – resolvi que já estava mais do que na hora de publicar aqui no blog.

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Sempre antes de viajar para algum canto, eu fico meio ansiosa para saber como é o lugar. É algo que todo mundo sente, imagino eu, mas eu não to falando só da parte visual, de finalmente ver ao vivo aqueles lugares que a gente ouviu falar e leu sobre. Eu gosto de imaginar como são as pessoas que vivem por ali, como é que as coisas funcionam, como eu vou me sentir andando pelas ruas, como é a ~energia~ do lugar e tal.

Como é bom falar de algo tão familiar, tão conhecido como Salvador. A cidade cheia de belezas, contrastes e ladeiras, muitas ladeiras. Lugar onde nasci, cresci, morri de saudades enquanto estava fora e onde quero ficar por muito tempo -coisa boa é andar na rua e ouvir o sotaque conhecido, o jeito de falar cantando que a gente só percebe que tem quando fica um tempo longe. Aqui faz sol 90% do ano, todo dia dá praia – exceto por hoje, que foi um sábado fora de semanas de prova no qual eu poderia aproveitar para pegar um leve bronze mas choveu. É a vida. Shit happens. Mesmo em Salvador.

E quando chove de manhã, de tarde faz sol com certeza. Inverno não é vida. Vida mesmo é comer um acarajé DECENTE, melhor ainda se for na praia. É passar o dia estirada em uma canga no Porto da Barra e depois assistir ao pôr-do-sol no Farol. E tem que bater palmas, porque é o mais lindo desse mundo <3. E por falar nisso, duvido que tenha algum lugar nesse mundo com tanto spot pra pores-do-sol (?) maravilhosos.

Salvador é multicultural e, dizem,” tem 365 igrejas, uma para cada dia do ano”, vai contar. É a cidade por onde chegavam os escravos, e, por isso, do ritmo forte, das baianas e das religiões de matriz africana. Salvador é a cidade com maior população negra fora da África. É daí que vem o nosso jeito, nossas músicas, nossa capoeira.. Me arrisco a dizer que aqui tudo o que é conhecido como tipicamente nosso tem um pé na África.

Vez ou outra fico me perguntando o que será que os turistas pensam da minha cidade quando eles estão aqui, vivendo tudo isso. Será que eles acham legalzinho, mas normal? Será que ficam encantados e doidos para voltar, será que se apaixonam? E nós, os soteropolitanos, será que supervalorizamos o que temos aqui, ou, ao contrário, não sabemos aproveitar Salvador e reclamamos muito dos engarrafamentos, do transporte público, etc, quando temos aqui uma cidade linda, com clima maravilhoso, cultura rica, belas praias, gente alegre e aberta, onde até a pessoa mais ranzinza (exemplos?) não consegue ser tão ranzinza assim, porque fica difícil :).

Pôr-do-sol em Monte Serrat.

Pôr-do-sol em Monte Serrat.

Olodum no pelô.

Olodum no pelô.

Elevador Lacerda, o lugar mais fotogênico da cidade.

Elevador Lacerda, o lugar mais fotogênico da cidade.

Pelourinho.

Pelourinho e OMG olha o Michael Jackson na varanda da casa azul!!

O objetivo desse post foi única e simplesmente lembrar de como eu senti falta de estar aqui e de ter todas essas coisas que falei ao meu alcance. Acho que eu posso ser feliz em qualquer canto, mas ter uma praia a 15 min de distância e ter uma baiana de acarajé ali na esquina é de grande ajuda.

Beijos!

Lenita

Londres pela primeira vez

Se eu estivesse indo a Londres pela primeira vez, o que eu gostaria que me recomendassem?

Londres é uma cidade incrível, cheia de coisas para fazer e lugares para conhecer. A capital da Inglaterra tem programações para todos os gostos e estilos, por isso acho que vale a pena pesquisar bastante e montar seu próprio roteiro, de acordo com seus principais interesses. Dos pontos turísticos mais famosos, como o Big Ben, passando pelos bairros de feirinhas alternativas e até às programações mais culturais, como museus e galerias, as opções são muitas. Para simplificar, hoje vou começar com sugestões dos lugares que eu acho que são os pontos mais fotogênicos da cidade, e vou provar tudo com minhas próprias fotos! hehe

1. O Big Ben

Esse, com certeza, é o mais famoso de todos! O “Big Ben”, é o sino do relógio que fica na “Elizabeth Tower”, a torre que faz parte do Parlamento, e que continuou de pé mesmo após os bombardeios da segunda guerra, e, detalhe, o relógio não parou de funcionar por um segundo. Não se sabe ao certo de onde veio esse nome, mas uma das possibilidades é que seja uma referência a um boxeador inglês peso pesado chamado Benjamin Caunt.

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O Parlamento inglês e o Big Ben.

Para chegar ao Big Ben, basta seguir algum grupo de chineses descer na estação de Westminster, que fica bem de frente para o relógio.

2. London Eye

A roda gigante mais famosa do mundo, com 120 metros de diâmetro e 135 metros de altura no total, possui 32 “casinhas” e é, provavelmente, o local de onde se tem uma das mais belas vistas de Londres. Digo ‘provavelmente’, pois NUNCA cheguei a subir na roda gigante, já que deixei para fazer todas as coisas de turista na última semana antes de voltar para o Brasil e dei o azar inimaginável de cair bem na semana em que a London Eye estaria fechada #chora 😥

London Eye.

London Eye.

Então, vai um conselho: pesquise antes no site da London Eye e verifique o funcionamento no período de sua viagem, para não correr o risco de ela estar em manutenção. Para chegar à London Eye, basta chegar à mesma estação do Big Ben e atravessar a Ponte de Westminster (o melhor ponto para fotografar as atrações à beira do Tâmisa).

3. Tower Bridge

A ponte fica próxima à Torre de Londres e na vizinhança daqueles prédios modernos de vidro altíssimos e modernos da “City of London”, que é o centro financeiro e comercial da cidade. A ponte é daquele tipo que abre para cima quando vai passar alguma embarcação muito alta. Tem como entrar na ponte para ver uma exposição lá, mas eu não sei quanto custa e nem o que tem de bom para ser visto.

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Tower Bridge.

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Tower Bridge.

Para visitar a ponte é só chegar à estação de metrô Tower Hill e passar pela Torre de Londres.

4. Palácio de Buckingham

Outro lugar para encontrar chineses. O palácio não é lá dos mais bonitos, mas todo mundo gosta de ir conhecer, por ser a residência oficial da rainha Elizabeth, e também para ver a cerimônia de troca da guarda, que acontece todos os dias pela manhã. Em alguns períodos do ano o palácio fica aberto para visitação, mas é no período em que a rainha está fora curtindo as férias, para não correr o risco de ninguém cruzar com a rainha nos corredores e roubar suas jóias, sequestrá-la ou algo do tipo.

Palácio de Buckingham.

Palácio de Buckingham.

Para chegar ao Palácio, há algumas opções de estações de metrô, como Victoria, Hyde Park Corner e Green Park, mas, para mim, o melhor caminho é descer em St. James’s Park e ir caminhando pelo parque até chegar ao palácio.

5. St. James’s Park

Este faz parte de um conjunto de parques reais de Londres, dos quais esse é o mais bonitinho de todos. O parque tem uma variedade de animais que ficam soltos por lá e que gostam de interagir com os turistas, como os pelicanos exibidos e os esquilinhos que ficam esperando ganhar comida. O mais bonito do parque é a vista da London Eye e do estábulo da rainha ao longe.

Pelicanos em St. James's Park.

Pelicanos em St. James’s Park.

Lago do St. James's Park.

Lago do St. James’s Park.

Esquilinho pedindo comida.

Esquilinho pedindo comida.

6. Estábulo da Rainha

O estábulo é o local onde ficam guardados os cavalos (oooh!) da guarda real. Para quem morre de vontade de tirar fotos dos soldadinhos de chumbo da rainha, esse é o lugar perfeito. Mas, cuidado, pois se dizem que eles não se mexem nunca, quando eu estava lá um menino besta foi mexer em um dos cavalos guardados e o soldado virou com tudo pra cima dele e deu grito no ouvido do menino que ele deve ter se urinado completamente.

Estábulo da Rainha

Estábulo da Rainha

Soldado da Guarda Real.

Soldado da Guarda Real.

Soldado "keep out!"

Soldado “keep out!”

7. Oxford Street

A rua que é a perdição dos turistas. Na Oxford Street ficam as grandes lojas tipo Zara, John Lewis, H&M, etc. A Oxford St. está sempre cheia nos horários comerciais e volta e meia tem alguém fazendo alguma arte pra ganhar uns trocados, como rodinhas de hiphop, truques de mágica, etc. Em datas especiais e períodos festivos a rua ganha decorações especiais.

Oxford Street.

Oxford Street.

Oxford Circus e Bond Street são as estações de metrô mais próximas da Oxford Street.

8. Kensington Gardens

Mais um dos parques reais de Londres, esse é o jardim do Palácio de Kensington, que esteve fechado durante algum tempo e agora já está aberto para visitação. O Palácio foi residência da famosa Princesa Diana e seus filhinhos William e Harry. Há um memorial em homenagem à princesa em Hyde Park, que fica ao lado do Kensington Gardens (nem sei quando começa um e termina o outro). Em frente ao Palácio tem um lago com vários cisnes tão grandes que dá até medo de chegar perto.

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Kensington Palace.

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Rainha Victória.

A estação de metrô mais próxima é Bayswater.

9. Greenwich Park

Sabe o meridiano de Greenwich, do qual tanto ouvimos falar lá pela 5a ou 6a série no colégio? Então, é lá no Greenwich Park que ele fica. A linha que divide o mundo em ocidente e oriente, e a partir da qual são definidos os fusos horários está desenhada lá em Greenwich, no Royal Observatory. Antes de chegar ao parque, vale a pena dar um passeio pela Universidade de Greenwich, que fica à beira do Tâmisa e tem uma vista linda para a City.

O parque tem uma colina onde fica o observatório, onde é preciso pagar para entrar e ver o desenho do meridiano. Ao lado do parque fica um museu de astronomia de entrada gratuita e muito interessante para adultos e crianças, todo interativo e tecnológico, vale a visita.

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Greenwich Park. A Universidade de Greenwich lá em baixo e a City ao fundo.

O parque fica no limite da zona 2, e é preciso pegar o DLR, que é um tipo diferente de metrô. Da primeira vez que fui ao parque, não levei em consideração o tempo que demora para chegar até aquele lado da cidade, e quando cheguei lá já eram 17h e pouca (que no inverno já é noite), e estava tudo escuro. Quando nos aproximamos do parque, que não tem nenhuma iluminação noturna, pois fecha por volta das 18h, vimos um feixe de luz verde bem forte que cruzava o céu. Brincamos que aquele era o meridiano, rimos e fomos embora. No dia seguinte, depois de uma pesquisa despretensiosa, descobrimos que é mesmo o meridiano de Greenwich!

A estação mais próxima é a de Greenwich. A viagem no DLR é como no metrô, só que pelo alto, e passa por uma Londres bem diferente do que o que a gente costuma ver no roteiro tradicional, o que é bem interessante.

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Então é isso, essa é a listinha dos lugares que quem está indo à Londres pela primeira vez não pode deixar de conhecer e fotografar. Tem ainda a Londres para quem gosta de museu e para quem é alternativo, mas dessa parte eu falo depois, vamos por etapas! hehe

Beijos!

Lenita 🙂

Viajando de trem pela Itália

Acredito que de todos os países europeus, a Itália é aquele no qual a maioria das pessoas vai para conhecer mais do que uma cidade. Geralmente quem vai à Inglaterra se contenta em conhecer apenas Londres e vai embora. Quem vai à França, vai apenas para conhecer Paris e pronto. Mas quem vai à Itália não fica satisfeito com Roma e o coliseu, quer ir também a Pisa para ver a torre, quer conhecer a Ponte Vechio em Florença, o Duomo de Milão, a romântica cidade de Veneza, e por aí vai…

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Itália!

Um dos meios mais práticos para se deslocar entre as cidades italianas é utilizando os trens. Foi o que fiz na minha última viagem, conheci a Itália viajando de trem. Fiz de trem somente os trechos Milão-Veneza e Veneza-Florença, e vou contar um pouco de como foi e explicar mais ou menos como comprar os tickets pelo site da trenitália, que foi o que eu usei.

Primeiramente, se o seu roteiro já está bem definido, vale a pena comprar as passagens com antecedência. Diferente de como funciona na Inglaterra, onde as passagens vão ficando muito mais caras quando você compra em cima da hora, as passagens de trem da Itália tem o preço fixo, independente de quando você as compre. MAS existem algumas modalidades de tarifas, como a base, econômica e super econômica, e à medida que você atrasa a sua compra, as passagens mais baratas vão acabando, então, sim, é melhor comprar o quanto antes possível.

Para fazer a compra, é preciso ir até o site da trenitália e fazer a busca pelo trecho desejado. O site não tem versão em português, somente italiano e inglês mesmo. Obviamente, é preciso saber o nome das cidades em italiano, então não faça como eu e se desespere sem encontrar trens para “Florença”, porque você não vai achar 😉

Site da Trenitalia.

Site da Trenitalia.

Para algumas cidades, há mais de uma opção de estação final, então pesquise antes no google qual a estação do centro da cidade (ou a mais próxima do local de sua estadia) para não acabar comprando a passagem errada. Antes de clicar para dar início à pesquisa, não esqueça de marcar a caixa “find the best price”, para que o site te mostre o melhor preço do dia (geralmente a opção super economy).

O site tem algumas opções de ofertas, como ofertas para famílias com crianças, ofertas para grupos grandes, ofertas para bate-volta e até ofertas para viagens aos sábados, então é bom dar uma olhada antes, ver se alguma dessas ofertas pode ser aproveitada e ler todas as condições antes de fazer a sua escolha.

Após a compra, você receberá o seu comprovante de pagamento e o ticket por e-mail. O ticket deve ser impresso para ser mostrado ao carinha da empresa que vai, durante a viagem, de vagão em vagão, conferindo os bilhetes de todos. Antes de viajar, fique ligado em sua caixa de e-mail, para o caso de alguma alteração no itinerário, e imprima todo e qualquer e-mail que eles te enviarem, para evitar desentendimentos.

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Painel na estação de trem (foto da internet).

No dia da viagem o procedimento é simples: quando chegar à estação, procure o painel com os horários dos trens, e lembre-se de buscar o seu pelo horário de saída e o nome da sua estação de destino. Provavelmente não haverão catracas nem ninguém para checar o seu bilhete na entrada, então simplesmente vá até o trem, procure seu assento e lá pelo meio da viagem algum funcionário vai aparecer para conferir as suas passagens.

As duas viagens que fiz foram bem tranquilas. Os trens são bastante confortáveis, com poltronas boas e uma mesa na frente com tomada para carregador de celular e laptop (tudo isso na 2a classe, super econômica). Além disso, os trens tem wifi grátis 🙂

Beijos!

Lenita

Veneza, a “più bella” da Itália.

Cheguei à estação de Santa Lucia pela manhã e quando saí pela porta, estava cercada de água. Tinha chegado em Veneza. Bem à minha frente estava o Canal Grande, o maior e mais extenso dos canais de Veneza. Na entrada da estação ficam os taxis aquáticos, que na verdade são barcos motorizados, e por ali também passa o vaporetto, que também é um barco motorizado só que grande, como se fosse um ônibus. Preferimos andar até o hostel. Provavelmente gastamos o dobro do tempo necessário para chegar até lá, porque não tinha como não parar em cada ponte para curtir a paisagem, e em cada ruela para tirar umas fotos. A cidade é simplesmente muito bonita, não tem como andar apressado sem querer olhar tudo com calma e registrar cada detalhe.

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Entrada da estação de Santa Lucia, à direita. No canto, o “ponto de ônibus” e o vaporetto  chegando no meio do canal.

E fomos andando, mochila pesada nas costas e câmera pendurada no pescoço, nos perdendo e nos encontrando pelo labirinto de ruas estreitas de Veneza. Subimos ponte, descemos ponte, pelo meio das lojinhas e restaurantes simples, nos perdemos e nos achamos umas 50 vezes. A cidade me lembrou muito Marrakesh, só que bem menos bagunçada e talvez ainda mais agradável por conta disso.

Finalmente chegamos ao hostel – na descrição dizia que era um Bed&Breakfast, mas sem breakfast, ou seja, hostel. O lugar era muito bom, por sinal, localização excelente, uma vista linda pela janela, banheiros chiquezinhos, quartos organizados, etc. Um dos melhores em que já me hospedei (Venice Hazel, recomendo). O segredo para pegar uma boa localização em Veneza é escolher um local próximo à praça San Marco, que é a praça principal da cidade. Tivemos apenas uma surpresa bem desagradável que foi a cobrança de uma taxa para a utilização de roupas de cama (como se algum mochileiro fosse viajar carregando lençol, fronha, cobertor e travesseiro nas costas), mas a qualidade da estadia acabou compensando esse detalhe. Além disso, assim como em outras cidades da Itália é obrigatório o pagamento de uma taxa diária de alojamento para a prefeitura, que não lembro quanto custa, mas é algo em torno de 1 euro ou 2.

Antes de conhecer Veneza eu não conseguia imaginar como parecia e funcionava uma cidade que tem água pelo meio. Primeiramente, a parte de Veneza que a gente conhece e vê na tv não é tudo. Veneza possui uma parte em terra firme chamada Mestre, que é o centro administrativo e a parte mais populosa, apesar de meio desconhecida. As duas partes são interligadas pela Ponte Della Libertà. E quanto a Veneza ilha, bem, lá não circulam carros, apenas barcos. As ambulâncias são lanchas, a polícia e os bombeiros circulam em lanchas e lá tem o “barco do lixo” (ficamos praticamente 4 dias na cidade e vimos tudo isso). Ao longo do Canal Grande encontram-se vários pontos de ônibus por onde o vaporetto passa. O vaporetto possui várias rotas, incluindo também ilhas e ilhotas vizinhas, mas não passa pelos demais canais, que são mais estreitos. Entre os canais pequenos circulam os barcos particulares e as gôndolas.

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“Ambulanza”

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Gondoleiros e gôndolas estacionadas.

Veneza é uma cidade cara. A viagem que fiz foi em dezembro, mas mesmo sendo baixa temporada o preço de tudo estava bem elevado. O transporte em Veneza é o mais caro de todas as cidades que já visitei, e a alimentação também tem um custo muito alto. A tática para economizar é procurar pelas pizzarias delivery onde se pode comer uma boa pizza por um preço baixo. Muitos restaurantes cobram uma taxa somente para sentar e utilizar a mesa, e mais outra taxa pelo serviço do local. Geralmente essa taxa está escrita no menu do lado de fora, mas é bom perguntar assim mesmo, para não acabar pagando mais caro no final.

Apesar de pequena, Veneza tem muuita coisa para se conhecer. Começando pelas muitas igrejas. Veneza tem mais de 120 delas, umas bem diferentes das outras e todas lindas. A maior de todas é a igreja de Santa Maria della Salute, construída na época em que a cidade estava sendo devastada pela praga, como uma espécie de oferta para que o povo ficasse livre das doenças.

Basílica de Santa Maria della Salute

Basílica de Santa Maria della Salute, Veneza.

Basílica de Santa Maria della Salute.

Basílica de Santa Maria della Salute.

E se a quantidade de igrejas já é bem grande, imaginem só o número de pontes: mais de 400! E a mais famosa é a Ponte Rialto, que fica sobre o Canal Grande. A ponte abriga várias lojinhas e é o portão de entrada para o Mercado Rialto, onde se pode encontrar as famosas máscaras de carnaval de Veneza. É o ponto perfeito em Veneza para tirar fotos do canal e dos barcos indo e vindo.

Ponte Rialto

Ponte Rialto

Mercado Rialto, Veneza.

Mercado Rialto, Veneza.

Vista da Ponte Rialto.

Vista da Ponte Rialto.

A segunda ponte mais famosa de Veneza é bem menorzinha, mas igualmente linda, e foi projetada pelo sobrinho do cara que projetou a Ponte Rialto, a Ponte dos Suspiros.

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Ponte dos Suspiros, Veneza.

A Ponte dos Suspiros liga o Palácio Ducale à Prisão da cidade. A ponte era justamente por onde passavam aqueles que foram condenados em julgamento no Palácio, em direção à prisão, ou seja, onde eles veriam a cidade pela última vez antes de serem presos, daí o nome.

O Palácio Ducale foi construído como um símbolo da riquesa de Veneza, e possui um estilo bem próprio veneziano, que pode ser encontrado em muitas das outras principais construções da cidade (como na maioria dos grandes hotéis, com janelas de arcos góticos e um estilo meio árabe). Hoje abriga um museu, onde se pode visitar também a Ponte dos Suspiros e a prisão.

Palácio Ducale, Veneza.

Palácio Ducale, Veneza.

O palácio fica na Piazza San Marco, onde fica também a Basílica de San Marco, que estava em restauração, e também a Campanilha de San marco e a Torre do Relógio, que tem dois carinhas de metal que batem o sino a cada hora fechada.

Campanilha de San Marco

Campanilha de San Marco

Torre do Relógio, Veneza.

Torre do Relógio, Veneza.

Praça San Marco

Praça San Marco

Quando a gente está em Veneza, olhando aquelas gôndolas passeando pra lá e pra cá, não tem como não ficar com vontade de fazer o passeio pelos canais. Pelas minhas pesquisas, o valor do passeio era 100 euros, o que eu achei muito caro e por isso fiquei um pouco desanimada. De qualquer forma, como estávamos em 4, poderíamos dividir a gôndola e aí o preço já ficaria melhor, então não descartamos completemente a idéia, mas fomos conhecendo outros lugares e meio que deixando pra lá. Mas aí uma hora lá no finalzinho da tarde passamos por uns gondoleiros e um deles veio perguntar se a gente queria o serviço. Passamos direto (nos fizemos de difíceis, hehe) e aí ele falou que já tava no final do expediente, e nos ofereceu o passeio por 60 euros. Claro que aceitamos!

E valeu muuuito a pena! Foi bem do jeito que eu queria, o gondoleiro estava usando a roupinha listrada, ele contou algumas histórias pra gente, cantou, assoviou e ainda fez o favor de fazer cara de modelo na hora que eu “discretamente” tirava fotos dele, hehe.

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O gondoleiro, Rafael e eu.

O passeio é muito legal, dá pra ver a cidade de um ângulo completamente diferente, passar por debaixo das pontes e ouvir as histórias, é uma coisa de filme mesmo. Recomendo muito. Gravei um pedacinho do passeio mas ficou um pouco escuro pois já estava anoitecendo. De qualquer forma, achei que seria legal compartilhar aqui:

E assim se encerrou nossa viagem a Veneza. Além disso, ainda tivemos tempo para visitar algumas ilhas próximas à cidade, mas isso já é assunto para um próximo post :).

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Ciao Venezia!

Beijos!

Lenita

Um dia em Milão

A última viagem que fiz durante o intercâmbio foi um mochilão pela Itália, começando por Milão. Teria apenas um dia para conhecer tudo e no dia seguinte já seguiria de trem para outras cidades, então já fomos seguindo meio que um roteiro em sequência (roteiro perfeito para um dia, montado por uma amiga também intercambista que está morando lá, pra que melhor, né? :)).

Começamos pelo Castello Sforzesco, que é um castelo que abriga vários museus em seu interior, e que também possui um jardim lindíssimo na parte de trás. A entrada no castelo é gratuita mas para visitar os museus é preciso comprar o ticket, que não me lembro quanto custa.

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Castelo Sforzesco, Milão.

Jardim do Castelo

Jardim do castelo

Castelo Sforzesco.

Castelo Sforzesco

Quando saímos do castelo, tinha uma muvuca das grandes do lado de fora, a “Babbo Running”, que é a corrida do Papai Noel. Simplesmente a rua principal estava lotada de pessoas loucas, todas fantasiadas de Papai Noel, e prontas para saírem correndo pelas ruas. No site do evento diz que mais de 10 mil pessoas apareceram fantasiadas para correr.

Babbo Running

Babbo Running e os 10 mil doidos na frente do castelo (foto do site do evento).

Quando conseguímos sair do meio do ataque de papais noéis, fomos direto ao que nos interessava mais em Milão: O Duomo. A praça do Duomo estava muuuito cheia de gente. Turistas de todos os locais fotografando aquela catedral linda e imponente, riquíssima em detalhes por dentro e por fora. Antes mesmo de entrar eu já estava bem impressionada com a catedral e aí, quando eu entrei, tinha uma orquestra tocando lá dentro, acompanhando o coral da igreja. Foi muito emocionante, lindo mesmo.

Duomo di Milano

Duomo di Milano

Detalhes do Duomo.

Detalhes do Duomo.

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Coral durante a missa na catedral

Também de frente para a Piazza del Duomo fica a Galleria Vittorio Emanuele II, onde ficam as grifes mais conhecidas (onde as chinesas compram Prada com o troco da merenda) e também alguns cafés e restaurantes. Próximo à galeria fica a sorveteria famosa, conhecida como a que tem o melhor gelatto de Milão, a Cioccolati Italiani. O lugar fica tão cheio que é necessário pegar senha, mas até que não demora e o sorvete é mesmo muito gostoso.

Galleria Vittorio Emanuele II

Galleria Vittorio Emanuele II

Gelatto!

Gelatto! (atenção especial para a torneira de chocolate *o*)

Essa foi a nossa programação durante o dia. Quando anoiteceu, fomos curtir Milão como os locais, no Naviglio Grande, que é um dos canais construídos como caminhos de transporte de pessoas e mercadorias (inclusive sendo utilizados para carregar o mármore da construção do Duomo), mas que cairam em desuso, sendo substituídos por automóveis. Hoje em dia, na beira do canal ficam vários restaurantes interessantes e as pessoas circulam por ali de noite. Fomos em um restaurante bem legal e que na verdade é um barco! O melhor de tudo era o modo como funcionava: a gente paga 10 euros e escolhe alguma bebida, que pode ser uma taça de vinho, cerveja, algum drink, etc, e depois pode comer o quanto quiser do buffet, que inclui vários petiscos e até pizza. Ao que parece, muitos dos restaurantes/bares de lá funcionam nesse esquema. O nome do bar que eu fui era Flamba.

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Naviglio Grande, Milão.

Depois de comer toda a comida possível, fomos embora nos preparar para a viagem do dia seguinte: Veneza!

Beijos!

Lenita

Sintra, a vila mais charmosa de Portugal

Bem pertinho de Lisboa fica Sintra, uma vila lindíssima e cheia de construções históricas, cada uma representando algum período da história e todas muito bem conservadas. O local já foi dominado por romanos, muçulmanos e espanhóis, e por isso cada um de seus palácios e castelos possui características bem diferenciadas.

Entre as principais atrações da vila está o Palácio da Pena, uma das sete maravilhas de Portugal, e que inicialmente era um convento dedicado a Nossa Senhora da Pena. O palácio fica bem no alto da serra (que é muuito alta e é difícil/demorado de subir andando) e tem um parque enorme em volta dele, com jardins, lagos e animaizinhos.

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Palácio da Pena, Sintra.

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Palácio da Pena, Sintra.

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Palácio da Pena, Sintra.

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Parque do Palácio da Pena, Sintra.

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Parque do Palácio da Pena, Sintra.

Palácio da Pena, Sintra.

Palácio da Pena, Sintra.

Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do palácio mesmo, e os tickets para adultos (em 2013) custam 6 euros, somente para entrar no parque (o que já vale muuuito) e 11 euros para entrar no parque+palácio. Como geralmente as visitas a Sintra são de um dia só, se estiver com pressa para ir aos outros palácios também, eu recomendaria visitar somente o parque mesmo, que para mim é o mais bonito.

A uma distância caminhável do Palácio da Pena está o Castelo dos Mouros. O castelo, construído no período do domínio muçulmano na região, também fica no alto da serra, em uma localização estratégica de onde se tem uma visão do Palácio da Pena, do Palácio da Regaleira e também do Palácio Nacional. O castelo não possui ambientes interiores, como salas ou quartos, mas somente a fortificação exterior.

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Castelo dos Mouros, Sintra

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Castelo dos Mouros, Sintra.

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Castelo dos Mouros, Sintra.

É incrível pensar que esse castelo foi construído há mais de mil anos atrás e ainda hoje podemos passear por dentro da muralha e subir as escadas até o ponto mais alto. O castelo tinha o objetivo de vigiar a cidade de Lisboa, e não Sintra, mas no fim das contas não deu muito certo pros mouros e eles foram vencidos de qualquer jeito.

O Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena foram as duas atrações que visitei, mas Sintra tem muitos outros parques e palácio igualmente lindos e que valem muito a visita, como por exemplo a Quinta da Regaleira e o Palácio de Monserrate. Para quem pretende visitar mais de uma atração é bom comprar tudo junto pois tem desconto. Os preços das atrações e os horários de funcionamento podem ser encontrados nesse site.

Para circular pelas atrações da cidade existem ônibus que percorrem os circuitos turísticos, passando pelos parques e que você pode descer e pegar ele novamente quantas vezes quiser durante o dia (hop on-hop off). O que eu peguei, por exemplo, custou 5 euros, e foi o que circula pelo circuito da Pena, passando também pelo Castelo dos Mouros. Poderia ter pego ele quantas vezes quisesse no dia usando o mesmo bilhete. Esse ônibus é da cidade mesmo, não é aquele vermelho de empresa de turismo, que é mais caro (se você não se importar com o aperto e a muvuca dentro do ônibus, vale dar uma economizada). As tarifas e rotas podem ser encontradas nesse site.

Como lá em cima tem poucas ou quase nenhuma opção de locais para comer, quem não quiser perder tempo descendo novamente para a vila somente para almoçar, eu aconselho levar sua própria farofa e fazer uma pausa para merendar em um dos parques mesmo. Ah, e também é bom usar sapatos confortáveis e levar sua garrafinha de água. E prepare a câmera para o local mais fotogênico de Portugal!

E para chegar a Sintra a partir de Lisboa a opção mais prática é pegar o trem na estação de trem (muito linda!) do Rossio e pegar o “comboio” para Sintra mesmo. O trem é rápido, bem confortável e tem uma periodicidade boa. Não lembro quanto custou, mas acho que era menos que 3 euros o bilhete. Descendo na estação de Sintra, é só andar um pouco e já se encontra a vila.

Beijos!

Lenita

Meu reveillon em Londres

HAPPY NEW YEAR! ÊEEEEEH!

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Reveillon 2014, Londres.

Depois de passar 12 meses vivendo e sofrendo nessa Inglaterra, nada fazia mais sentido do que comemorar a virada de ano e iniciar 2014 por aqui mesmo. Essa foi uma das poucas vezes que passei o reveillon longe da praia, mas nem por isso deixou de ser especial. Pra falar a verdade, no Brasil é que a gente sabe como comemorar a virada. Vestir roupa branca, se arrumar, virar a noite comemorando o ano novo…tudo coisa nossa.

Meu ano novo em Londres foi maravilhoso, mas só teve mesmo 10 minutos de glamour, que foi durante a queima de fogos. Fora isso, foi chuva e espera no meio da muvuca. Pegamos o trem e fomos para Londres na tarde do dia 31 mesmo. Chegamos lá ainda cedo, então fomos passear em alguns lugares que ainda não conhecíamos, já andando em direção ao Tâmisa.

Eu tinha pesquisado bastante sobre como era o esquema de assistir aos fogos, e por isso já sabia que não tinha jeito, se quisesse garantir um lugar legal à beira do rio, teria que chegar lá bem cedo. Pois bem, por volta das 17h, paramos tudo o que estávamos fazendo e já fomos logo andando para as proximidades de Westminster. E foi quando começaram as aventuras do reveillon 2014:

Primeiramente, muitas das ruas que dão acesso às áreas dos fogos ficam interditadas pela polícia, por questões de segurança. Fomos andando sempre em direção à entrada seguinte e…OPA! Interditada. E assim foi, até que finalmente encontramos um caminho liberado. Fomos andando, andando e o caminho já estava cheio de gente. Quando chegamos à beira do rio, às 17:50h, já estava cheio!

Mas, calma, estava cheio mas ainda tinha muito espaço, era só ir chegando, se esquivando entre um e outro e deu pra conseguir um lugar bem legal, bem de frente para a London Eye e também atrás somente de pessoas não muito altas, o que é muito importante pra mim, hehe.

Pronto, uma vez que tinhamos encontrado o nosso spot, era só ficar quetinho e aguardar. Faltavam ainda 6h para a virada e o momento mágico dos fogos. 15 minutos depois eu já estava morrendo de tédio, tentando me controlar para não olhar no relógio de 5 em 5 minutos. Vou descrever melhor o cenário da espera: Algumas pessoas não queriam muito ficar no aperto, mas também faziam questão de ter uma visão boa do “show”, por isso elas ficavam mais afastadas da borda, no meio da rua, sentadas no chão com seus amigos conversando e bebendo de boa. Já outras pareciam estar ali desde muito cedo, coladas na grade de retenção, com várias merendas e farofas, algumas de pé, outras sentadas no chão em grupos (teve um cara que dormiu no meu pé por várias horas, e só acordou quando jogaram uns bagulhos na cabeça dele).

As primeiras duas horas foram um martírio. Um tédio extremo. Mas aí, por volta das 20h a coisa começou a mudar. Primeiro jogaram um sonzão lá, o pessoal começou a ficar animado, os indianos perto da gente começaram a cantar e de vez em quando o DJ da “festa” falava umas coisas, mandava a gente gritar, etc.

O “New years eve” desse ano foi patrocinado pela Vodafone, e tinha um tema “multisensorial”. Eles jogaram umas bolsinhas de plástico pra galera toda, e lá dentro tinham docinhos coloridos *.* que era a parte do “taste”. Aí do nada eles jogaram a projeção de um morango gigantesco em um prédio ao lado da London Eye e mandaram a gente gritar. Quanto mais a gente gritava, o morango ia enchendo, enchendo, até que ele explodiu, e aí soltaram umas fumacinhas com cheirinho de morango! Eu sei, muita palhaçada, mas pra quem estava em pé durante muito tempo, morrendo de tédio e a todo momento contando todas as cabines da London Eye para garantir que nenhuma delas tinha sumido desde os últimos 10 minutos, aquilo foi o máximo!

Banana no prédio: O MÁXIMO!

Banana no prédio: O MÁXIMO!

Depois o prefeito apareceu também, em uma mensagem gravada na projeção, falou várias coisas que ninguém entendeu e depois se mandou. E aí depois eles botaram uns vídeos, fizeram mais umas coisas e de repente faltavam somente 30 minutos! uhuuuu!

E foi aí que começou a chover. Choveu mesmo, choveu FORTE. Não vou dizer que foi uma decepção total pra mim e meus babyliss, afinal de contas eu tinha levado minha sombrinha porque era Londres, né. E aí, que a hora foi se aproximando e nada de a chuva parar. Aí começou a contagem e ainda estava chovendo, mais fraco, mas chuva ainda. Mas ninguém quis saber, todo mundo estava ali há horas! “Abaixem os guarda-chuvas!” Eu tratei logo de guardar o meu. Não quis molhar a câmera, mas passei o meu celular para Rafael (que tem muitos centimetros de altura em vantagem) filmar tudo, e contei: 5, 4, 3, 2, 1…

Ok, não vou ficar descrevendo fogos aqui. Mas foi uma coisa extravagante e única. Não sei qual foi a bruxaria que eles fizeram, mas parecia que os fogos saíam da roda gigante, tudo bem simétrico e sincronizado com as badaladas do Big Ben. Foi lindo demais.

Reveillon 2014, Londres.

Reveillon 2014, Londres.

Reveillon 2014, Londres.

Reveillon 2014, Londres.

E aí pronto, acabaram os fogos, acabou a festa. Todo mundo juntou seus trapos e se mandou. O DJ ainda implorava, “fiquem mais!”, “não vão agora”, conselho da organização para que as pessoas não fossem todas pegar o metrô de uma vez só e evitar confusões na estação. Enfim, a multidão toda se dispersou muito rapidamente e eu fiquei livre para tirar minhas fotinhas no Tâmisa 🙂

Dicas aleatórias para quem for passar o reveillon em Londres:

1. Chegue cedo se quiser pegar um lugar bem na frente, e se não se importar, chegue ao menos antes das 21h, pois, uma vez que as áreas de vizualização dos fogos estão cheias, a polícia fecha todas as entradas e quem ficar do lado de fora, ficou. Eu cheguei antes das 18h, mas tiveram amigos meus que chegaram depois das 19h e conseguiram lugares bons, e outros que chegaram depois das 20h e conseguiram ao menos entrar na área de vizualização e ver os fogos.

2. Leve sua água e comida, pois não tem ambulante vendendo churrasquinho, nem “5 piriguete por 4 real” não. Ao contrário dos outros dias do ano, na véspera é permitido beber nas ruas, mas teoricamente é proibído andar com garrafas de vidro (todo mundo ao meu redor estava com garrafas de vidro sem problemas).

3. Nas proximidades do rio são colocados vários banheiros químicos de uso gratuito.

4. Somente na madrugada entre os dias 31 e 01 o transporte público é totalmente gratuito, a partir das 23:45 às 4:30h. As estações ficam bem lotadas antes das 2 da manhã (e algumas estações fecham), com longas filas para entrar, então é bom esperar um pouco antes de voltar para casa.

5. Se for cedo, carregue o celular e vá mentalmente preparado para o téeeedio sem fim, haha!

Novamente: Feliz ano novo para todos, e que 2014 seja um ano de muitas emoções!

Beijos!

Lenita

O que há de mais bonito em Porto.

Planejando conhecer “Purrrtugal”?

Vou começar esse post com algumas dicas de palavras que eles usam por lá e que podem causar confusão na cabeça da gente. Se eu tivesse pesquisado alguma coisa assim antes de viajar, teria sido mais fácil pra mim 🙂 então, lá vai:

Se quiser tomar um suco em Portugal, tem que pedir um sumo.

Para se movimentar pela cidade, ao invés de ônibus, se pega o autocarro. Ao invés de bonde, se pega o elétrico. E ao invés de um trem, se pega o comboio.

Se quiser saber onde fica o banheiro, tem que perguntar pela casa de banho.

pequeno almoço nada mais é que o nosso café-da-manhã.

E o almoço do meio-dia lá se chama grande almoço. Mentira.

Fiz essa viagem no início do mês passado e já estava bem frio. Confesso que estava esperando passar um calorzinho e até levei na mala roupas mais frescas mas elas ficaram todas bem escondidinhas por baixo dos casacos. O casacão que usaria somente para ir e voltar do UK foi a minha farda obrigatória de todos os dias. Decepção.

Em compensação, fez sol o tempo todo, o que fez parecer que a cidade era ainda mais bonita.

Porto não é tão colorida quanto Lisboa, mas eu achei ainda mais bonita. Porto tem azulejo nas paredes das igrejas e na estação de São Bento. Porto parece maior, mais espaçosa, mais desenvolvida. Porto tem o Douro, o rio que fica dourado ao entardecer. Porto tem Gaia à sua frente, onde ficam as caves dos famosos vinhos do Porto. Do que vi de Portugal, gostei mais de Porto.

E vou começar pela parte mais encantadora da cidade, a região da Ribeira.

Ribeira, Porto.

Ribeira, Porto.

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Ribeira, Porto.

Foi lá que Portugal começou, à beira do rio Douro. A Ribeira é uma região muito antiga, de casas velhas e vizinhos que se conhecem. O lugar legal para ter uma bela vista da Ribeira é na ponte Luís I. De um lado da ponte, Porto, e do outro lado Gaia, uma outra cidade. Os autênticos vinhos do Porto ficam armazenados em Gaia. Basta atravessar a ponte e encontrar a mina de ouro.

A ponte D. Luís I também é conhecida como simplesmente ponte Luís I, pois diz-se que o rei resolveu não comparecer à cerimônia de inauguração da ponte que levava seu nome, portanto os portuenses resolveram tirar o “dom” do nome da ponte. Rá.

Outro ponto com uma vista encantadora é o Pátio da Sé, onde fica, adivinhem só, a Sé do Porto.

Pátio da Sé, Porto.

Pátio da Sé, Porto.

Você sabe de onde veio a palavra “azulejo”? Vem do fato de que quando os portugueses chegaram à Índia, somente eles de toda a Europa tiveram acesso à uma tinta de coloração azul. Essa ficou sendo a marca de portugal, a cerâmica pintada com tinta azul. É possível ver os azulejos nas paredes de algumas igrejas e também no interior da lindíssima estação de São Bento.

Igreja decorada com azuleijos.

Igreja decorada com azulejos.

Estação de São Bento por dentro.

Estação de São Bento por dentro.

Estação de São Bento por fora.

Estação de São Bento por fora.

Isso foi o que vi no primeiro dia. De noite fomos em um barzinho bem legal chamado Museu D’avó, cheio de pestiscos portugueses gostosos e que tem uma decoração bem inusitada, parecendo mais um quintal velho cheio de tranqueiras (daí o nome). E mais tarde ainda fomos passear pela cidade e acabamos cruzando com alguns pedintes meio agressivos pelas ruas (aconteceu ao menos umas 3 vezes) e achamos melhor não voltar para “casa” muito tarde.

No nosso último dia atravessamos a ponte D Luís e fomos conhecer Vila Nova de Gaia. Aqui abro um parêntese: No dia anterior, fizemos um walking tour (ironicamente, em inglês mesmo) e a guia só chegou ao ponto de encontro uns 20 minutos depois do horário. Enquanto falava sobre o jeito português de ser, ela citou a questão de não respeitarem horários e estarem sempre atrasados, o que foi motivo de risos entre o pessoal, obviamente.

Pois bem, tinha olhado os horários de funcionamento das caves que queria conhecer e vi que todas ofereciam o tour a partir das 10 da manhã. Chegamos à Krohn por volta das 10:15h e estava tudo vazio. A porta estava aberta. Entramos, circulamos pelo local, fizemos o nosso próprio tour lendo as plaquinhas e explicações e só depois apareceu um rapaz, dizendo que o tour ainda não ia começar, pois o guia ainda não tinha chegado, mas que a gente podia subir para fazer a prova quando quiséssemos. Ok. Terminamos lá em baixo e subimos, fizemos a prova e depois fomos embora. Essa empresa oferece os tours com a prova no final gratuitamente.

Cave Krohn

Cave Krohn

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Cave Krohn

Fomos então conhecer a outra cave, a da Ferreirinha. A Ferreirinha foi uma mulher que veio de uma família rica e precisou assumir as vinhas da família em uma época em que a coisa não era fácil para as mulheres. Ela soube administrar tudo sozinha, cuidou das dívidas, fez investimentos e gerou muitos empregos na região em uma época de grandes dificuldades, e por isso se tornou uma pessoa muito querida entre os portuenses.

Chegamos à cave e, novamente um atraso, o tour só seria feito a partir das 11:30! Decidimos esperar mesmo. E valeu a pena. O tour foi bem legal, conhecemos todo o local e tivemos explicações sobre os tipos de vinhos, onde são armazenados, quais os cuidados necessários, etc. No final, fizemos a prova (de novo, hehehe). Não lembro exatamente quanto custou, mas foi algo em torno de 5 euros.

Cave Ferreirinha

Cave Ferreirinha

Barrilzão

Barrilzão

A melhor parte :)

A melhor parte 🙂

Quando terminamos, atravessamos a ponte e fomos em busca de algum lugar legal para comer. Finalmente provamos o tão comentado bacalhau com natas, que é muuito bom! Encontramos um restaurante chamado Farol da Boa Nova, que tem uma vista linda bem de frente para o Douro e o preço é bom. Outra comida típica de Porto, mas que tá mais pra lanche, é esse poço delicioso de gordura aqui:

Francesinha

Francesinha

A Francesinha. É tipo um misto, só que com linguiças e carne/frango, queijo por fora e regado em um molho de tomate.

E pra finalizar, uma dica de onde ficar em Porto: O melhor hostel da vida, limpíssimo e bem confortável. O nome é Pilot Hostel. Escolhi ele porque era tipo o mais barato da lista e me surpreendi com a qualidade.

Então é isso,

Beijos!

Lenita

A história de como me apaixonei por Lisboa

Título alternativo: Como engordar 3 quilos em 6 dias.

Mês passado fiz uma viagem a Portugal, começando por Lisboa. A cidade de Vasco da Gama, de Camões e do Tejo. A cidade que tem uma pastelaria em cada esquina. Dos elétricos que sobem e descem sete colinas. A cidade dos pastéis de Belém e da torre. O local de onde Cabral partiu em abril do ano de 1500 e acabou achando o Brasil e tomando das mãos dos índios (êeeeeh \o/).

Já cheguei me perdendo na cidade, já que não conseguia encontrar o hostel de jeito nenhum e fiquei circulando em volta da estação de metrô, meio que sem querer acreditar que a rua, que pela orientação do site era ali bem pertinho e facílima de encontrar ficava na verdade do outro lado da avenida, subindo uma ladeira de 90 graus e depois subindo mais outra. Mas, enfim, subidas à parte, encontrei o hostel, que era muito bom e que tinha um café da manhã, vulgo ~pequeno almoço~ digníssimo (com bolo e PÃO DE PADARIA) e pelo qual paguei 7 euros e alguma besteirinha pela diária.

De primeira fomos passear na praça Luís de Camões, que não tem nada além de uma estátua de Camões vestido com uma roupa esquisitíssima, mas que fica próxima a alguns dos principais pontos da cidade. De lá, ficamos muito felizes de descer em direção ao mar, que nem era o mar, era o Tejo, mas só descobrimos depois que descemos tuudo e chegamos lá na beira (Lisboa tem muitas ladeiras).

Luís de Camões.

Luís de Camões.

O Tejo

O Tejo

Fomos seguindo pela borda do rio até que chegamos à Praça do Comércio, ou “Terreiro do Paço”, onde paramos para tirar fotos até que um cara chegou bem pertinho do meu ouvido e sussurrou “marijuana, marijuana” e eu achei melhor continuar andando.

Praça do Comércio

Praça do Comércio

Passamos pelo portão e fomos passeando pela Baixa, que é uma região bem comercial, cheia de lojas e socada de turistas. Queria ir ao Castelo de São Jorge, que ficava na região alta da cidade, mas estava com muita preguiça de subir tudo de novo e já tinha meio que desistido quando vi um prediozinho todo decorado de azuleijos e, quando parei para tentar ler o que estava escrito em letras claras no topo: E-L-E-V-A-D-O-R.

Subi sem fazer esforço, e ainda por cima quando fui perguntar quanto custava, a moça da recepção falou que era de graça, e também que eu podia catar uns postais que estavam em cima do balcão e levar pra mim se quisesse. Com tantos lindos, fiquei muito em dúvida de qual escolher e ela falou que, sério, podia pegar quantos quisesse que era bom pra o balcão não ficar tão entulhado de coisas. Adoro. Ainda assim, fiquei com vergonha e peguei só 3 :D.

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Meus postais lindinhos ❤

Nem cheguei a entrar no castelo, mas fiquei um tempo sentada no murinho olhando a vida passar, até que realizei que logo iria escurecer e eu ainda não tinha ido conhecer o “Pelourinho” de Lisboa. também conhecido como Alfama. Fomos descendo a ladeira passando por umas ruazinhas estreitas, de casinhas simpáticas, coloridas e com roupas penduradas no varal da janela. Chegamos à Alfama, o bairro mais lindo da cidade, ainda mais na hora do pôr-do-sol.

Alfama

Alfama

Na manhã seguinte fomos a Belém. Primeiro fomos conhecer a Torre de Belém, que fica às margens do Tejo e é o cartão postal de Lisboa. É permitida a entrada na Torre, mas acabei não subindo pois queria ter mais tempo para ir ao Mosteiro dos Jerônimos, que fica bem próximo dalí.

Torre de Belém

Torre de Belém

Saindo da torre, fomos caminhando até o Padrão dos Descobrimentos, que é esse monumento bem bonito que comemora os descobrimentos de Portugal na época das grandes navegações.

"Pelo Tejo vai-se para o mundo."

“Pelo Tejo vai-se para o mundo.”

De lá fomos ao Mosteiro dos Jerônimos, que eu queria muito conhecer e bem quando chegamos lá, que eu saquei minha câmera, preparada para tirar muuuitas fotos… a bateria acabou, e tive que me contentar com a câmera do celular mesmo :(.

Mosteiro dos Jeronimos

Mosteiro dos Jeronimos

É lá no mosteiro que ficam os túmulos de Fernando Pessoa, Vasco da Gama e Camões.

Confessionários onde os monges atendiam.

Confessionários onde os monges atendiam.

Túmulo de Camões

Túmulo de Camões

OMG estou presa na masmorraaa!!

OMG estou presa na masmorraaa!!

E depois que saímos do Mosteiro, FINALMENTE fomos ao que interessa, a verdadeira razão da minha viagem a Lisboa: pastéis de Belém.

Não só pelo pastel, mas a Pastelaria tem vários docinhos deliciosos e é um lugar bem legal para fazer um lanche já que o preço é bem amigo, principalmente para um lugar tão turístico.

Depois de trocarmos o almoço por vários pasteizinhos de Belém, à noite fomos em busca de um restaurante legal para comer o famoso bacalhau português. Uma coisa muito legal de Portugal é que a comida é muito boa e barata. Mesmo nos centros mais turísticos, o preço de uma refeição em um restaurante pode custar mais barato do que o que eu costumo gastar comendo fora aqui em Coventry (por isso o título alternativo do post de hoje, hehe).

Saímos do nosso hostel e fomos andando pelo bairro da Graça, que é um lugar cheio de pastelarias bem baratinhas e restaurantes familiares. De repente chegamos nesse miradouro, que fica ao lado do Convento da Graça e tem a vista mais linda de Lisboa à noite, tá aqui a prova:

Miradouro da Graça

Miradouro da Graça

Fomos andando até que chegamos de volta à Alfama, onde encontramos um restaurante perfeito para comermos um bacalhau português, tudo bem baratinho. O dono do estabelecimento era quem recebia as pessoas, fazia o caixa e era também o garçom, tudo na correria. No fim das contas, comi um generoso prato de bacalhau à Brás por apenas 7 euros, uma beleza! ❤

Na volta pra casa, ainda encontrei espaço na barriga para mais um pastelzinho de nata em uma das pastelarias da Graça. Sentamos lá, comemos uns docinhos e depois ficamos assistindo às reportagens sobre Mandela, tentando entender algumas palavras do que estava sendo dito, além de “Mandela”. Como é difícil entender o português de Portugal!

No dia seguinte fomos conhecer Sintra, uma cidade bem próxima a Lisboa, da qual falarei depois. De noite, mesmo muito cansada ainda fui à Catedral da Sé, para tirar aquela famosa foto do bonde elétrico “entrando” na igreja. Teoricamente, o bonde deveria passar por ali de 15 em 15 minutos, e já tem gente que fica estrategicamente posicionado, somente esperando o momento certo da foto. Pois bem, esperei os 15 minutos e o bonde não apareceu. Esperei mais 10. Depois mais 10. E fui, de 10 em 10 minutos, até que completaram-se 1 hora e 15 minutos!!! E eu e mais uns 5 infelizes ali, de câmera na mão esperando o tal do bonde. Finalmente, o bonde passou e a minha viagem a Lisboa não foi uma frustração completa. As fotos nem ficaram tão boas, mas já que deu tanto trabalho:

A igreja e o elétrico.

A igreja e o elétrico.

E foi isso. Comi bastante, andei bastante, subi muita ladeira e depois fui-me embora pra Coimbra :D.

Beijos!

Lenita

A noite em que dormi no deserto.

Das minhas aventuras no Marrocos, a mais inusitada de todas foi a ida ao deserto. Uma vez que estava tão perto, tinha que aproveitar a oportunidade de passar uma noite acampada no meio do nada e, principalmente, andar de camelo s2, então eu fui.

<3

Acordei junto com o som das orações islâmicas do carinha que trabalhava no hostel, às 5 da manhã e não consegui mais dormir. Estava ansiosa para ir ao deserto e partiríamos bem cedo, pois o caminho é longo e precisávamos chegar antes de escurecer para que pudéssemos localizar as tendas. 

Saímos de Marrakesh às 8 da manhã e fomos de van até Zagora. O início da viagem não foi muito legal. O céu estava fechado e até choveu, além do que passamos muito tempo na van e o caminho era todo em ziguezague, a maioria do pessoal ficou enjoado e muitas vezes tivemos que parar por conta disso.  

Mas, passadas as primeiras horas, foi ficando bom. O sol apareceu, revelando um céu alzulzão que fazia contraste com as montanhas alaranjadas, e já estávamos mais acordados e animados, ao som das músicas marroquinas que tocavam na rádio. Passamos por alguns lugares bem bonitos e paramos para tirar fotos. O motorista não falava inglês e só sabia gritar “photo!”, na hora das paradas. Depois ele berrava “alaiala, alaiala!!!” que, imagino eu, significa “vamos embora, adiantem!”.

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Fotos pelo caminho.

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Oásis

E assim fomos, ziguezagueando, parando e tirando fotos, até que chegamos ao deserto de Zagora, minutos antes do pôr-do-sol. Quando chegamos lá, a recompensa pelas longas horas de espera dentro de um carro: camelos lindinhos e enfileirados, esperando por nós. Nem tive muito tempo pra pensar, um homem já veio tomando as sacolas da minha mão, jogando em cima do camelo e gritando pra eu subir no bicho, que estava “sentado” na areia. Quando estava ainda me ajeitando em cima do camelo, pensando se corria perigo de cair ou não, ele subiu com tudo e fomos embora para dentro do deserto.

E foi assim que vi o por-do-sol naquele dia, do alto de um camelo. Fomos andando, andando, e quando já estava tudo escuro percebi algo lá longe: luzes! Era eletricidade mesmo, no meio do deserto! Mas durou pouco tempo, foi só o suficiente para deixarmos as coisas dentro da barraca e identificarmos o caminho para a tenda grande, onde jantamos, e o banheiro (que não era um grande buraco cavado na areia, como eu imaginava – ufa!), e logo depois eles cortaram a energia – que vinha de um pequeno painel solar- e a escuridão tomou conta. 

Nos sentamos em um tapete na areia para tomar chá antes da janta e depois fomos para a cabana grande, onde tivemos uma sopa e depois um tagine de frango, o melhor prato que comi no Marrocos. E então os marroquinos pegaram seus tambores e começaram a cantar, um pouco tímidos a princípio e depois bem animados e descontraídos, e teve até um que grudava na mão das meninas e levava lá pra frente pra dançar com ele.

Os cantores.

Os cantores.

Depois da festa, algumas pessoas do grupo foram embora para suas cabanas para dormir, enquanto que outros se juntaram ao redor da fogueira que acabavam de acender. Um argentino começou a cantar musicas desconhecidas e que não eram muito legais, mas, como aparentemente ninguém mais sabia tocar violão/cantar, ficamos por ali mesmo. Até que um dos marroquinos olhou lá pra longe e gritou: A MOONA! Que, em alguma língua nesse mundo ou ao menos na cabeça dele significa LUA.

E foi a lua mais linda que já vi na vida. Enorme, dourada e surgindo aos poucos atrás das montanhas. O céu ali, no meio da escuridão completa, bem longe de todas as luzes da cidade, parecia que era de mentira. Depois disso, deitamos nos tapetes e ficamos tentando identificar as constelações e à espera de alguma estrela cadente, com o pedido já muito bem pensado  somente aguardando o momento certo. E vimos uma, depois outra, depois mais outra, e depois várias estrelas cadentes. Chegou a hora que eu nem sabia mais o que pedir, fiquei só olhando mesmo.

De madrugada fez muito frio. Novembro no deserto é frio, eu já sabia disso e fui mais ou menos preparada, mas ainda assim acordei algumas vezes por conta do desconforto. Quando finalmente amanheceu, acordamos bem cedo e fomos ver o sol nascer atrás das montanhas. Depois voltamos à tenda grande e tomamos café, logo antes de montarmos nos camelinhos novamente e andarmos até a beira da pista, onde a van nos aguardava para nos levar de volta a Marrakesh.

As barracas (e os camelinhos lá atrás).

As barracas (e os camelinhos lá atrás).

:)

Pronta para voltar pra Marrakesh.

Saudades.

Lindão, saudades.

Obs: Depois conto com detalhes sobre como arranjei o tour e outras coisas relacionadas ao passeio no deserto.

Beijos!

Lenita